A polícia investiga se traficantes que teriam escapado da operação no conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, em novembro do ano passado, estariam refugiados no conjunto de comunidades conhecido como Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Na época da ocupação policial no Alemão, o Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu informações alertando para essa migração dos criminosos para a Mangueirinha. As denúncias foram repassadas para a polícia investigar.

A ligação das quadrilhas dos dois conjuntos de favelas – Alemão e Mangueirinha – ficou ainda mais forte para a polícia com a morte do traficante Luis Carlos Nesse José, conhecido como “Olho de Vidro”, no período da invasão policial no Alemão, no dia 28 de novembro de 2010.

De acordo com o Disque-Denúncia, o traficante seria o chefe do tráfico da Mangueirinha e um dos criminosos mais procurados do Rio.

No início de dezembro, a polícia prendeu traficantes que teriam fugido do Alemão e que foram localizados na Baixada Fluminense. Eles estariam refugiados em várias favelas de menor porte dessa região para evitar prisão em massa.

As denúncias, feitas durante a ocupação do Alemão, indicavam que traficantes teriam fugido por galerias pluviais e de esgoto para buscar abrigo em comunidades de aliados.

Um dos refúgios seria o Morro do Juramentinho, em Tomás Coelho, no subúrbio do Rio. A favela teria servido de base para que o grupo fosse distribuído entre as favelas da Baixada Fluminense.

Em uma das ações da polícia, no dia 2 de dezembro, atrás de fugitivos, foi preso Thiago Braga de Souza Silva, 24 anos, o Sapão, acusado de ser o gerente do tráfico no Juramentinho.

No mesmo dia, um outro foragido do Alemão, segundo a polícia, foi preso em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, município vizinho de Duque de Caxias.