Cuba condena empresário francês por lavagem de dinheiro

Um tribunal cubano condenou a 15 anos de prisão o empresário francês Jean-Louis Autret, detido na ilha desde 2009, pelo crime de lavagem de dinheiro, ligado ao narcotráfico e à fraude fiscal, informou esta quarta-feira uma fonte próxima do condenado. Autret, cuja condenação corresponde com a petição oficial, dispõe de 10 dias para apelar perante […]

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Um tribunal cubano condenou a 15 anos de prisão o empresário francês Jean-Louis Autret, detido na ilha desde 2009, pelo crime de lavagem de dinheiro, ligado ao narcotráfico e à fraude fiscal, informou esta quarta-feira uma fonte próxima do condenado.
Autret, cuja condenação corresponde com a petição oficial, dispõe de 10 dias para apelar perante o Supremo Tribunal, após ser notificado por seu defensor, o cubano Menelao Mora, o que não tinha ocorrido até esta tarde.
A esposa cubana de Autret foi condenada a cinco anos de prisão e outros quatro de trabalho correcional, acrescentou a fonte.
Ainda não foram comunicadas as sanções proferidas contra outros sete cubanos envolvidos no caso, para os quais a promotoria pediu de três a sete anos de prisão.
Autret, de 53 anos, foi detido em 7 de abril de 2009, depois de vender seu iate em outubro de 2004 a dois franceses, com os quais as autoridades francesas e espanholas confiscaram em setembro de 2005, perto de Cabo Verde, 2,8 toneladas de cocaína a bordo da embarcação.
Isentado de culpa neste caso pelas autoridades francesas, o empresário era reivindicado pelas autoridades cubanas por supostas atividades relacionadas, sobretudo, com lavagem de dinheiro, fraude fiscal e falsificação de documentos.
Durante o julgamento, realizado no começo de julho, o promotor sustentou que a atividade de lavagem de dinheiro de Autret se inscreve em “movimentações cíclicas de dinheiro entre contas bancárias em Cuba e no exterior, destinadas a ocultar, desviar e legalizar a origem dos fundos resultantes do comércio ilícito de entorpecentes”.
Mora havia defendido, em julho, “a inocência total” de seu cliente e pedido sua libertação.

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