Corumbá: jovens mães destacam importância de amamentar e do contato com os filhos

A reportagem visitou a Maternidade e conferiu, de perto, os primeiros momentos de afeto entre mães e filhos através da amamentação. Duas jovens vivenciavam o sentimento pela primeira vez. Uma delas é Roseli Faustino Machado, 18 anos, que deu à luz ao pequeno Luiz Otávio, no dia 31 de julho. “É muito bom colocar o […]

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A reportagem visitou a Maternidade e conferiu, de perto, os primeiros momentos de afeto entre mães e filhos através da amamentação. Duas jovens vivenciavam o sentimento pela primeira vez. Uma delas é Roseli Faustino Machado, 18 anos, que deu à luz ao pequeno Luiz Otávio, no dia 31 de julho. “É muito bom colocar o Luiz nos meus braços e ver que eu sou capaz de dar alimento para ele. A primeira vez que ele mamou, foi uma dor intensa, eu quase chorei. Por mais que a boquinha dele seja delicada, a sucção doía. Depois de um dia, meu seio já estava mais acostumado. Eu nunca pensei que sentiria essa sensação de proteger meu filho e ver o rostinho dele assim, satisfeito. É muito bom ver o quanto ele fica satisfeito com meu leite, compensa toda a dor que senti nas primeiras mamadas”, contou a jovem.

Roseli relatou que as primeiras noções de cuidados como o bebê foram repassadas durante o pré-natal. “O médico me orientou a tomar cuidados, a preparar o seio para a amamentação, aprendi como cuidar do bebê, tive boas orientações que com certeza me ajudaram na prática. Porém, dá muito medo, dá medo de não conseguir cuidar, de não conseguir amamentar, de não dar certo. Mas na hora você vê o quanto o bebê necessita de sua atenção e do carinho”, disse emocionada a mãe.

Estava no mesmo quarto a adolescente Dileyne da Silva, 15 anos, mãe do pequeno Wesley Vinicius, nascido dia 1º de agosto. “Eu tive muita dificuldade nesses dois dias. Precisei da ajuda da minha sogra para que o bebê mamasse. Fiquei com muito medo, pois o leite não vinha e foi uma luta nessas últimas horas. Ela me ajudou muito, se não fosse ela, eu acredito que estaria muito nervosa e com mais medo ainda”, contou a jovem.

Dileyne disse que não teve orientações de como cuidar do bebê em seu acompanhamento de pré-natal e que isso dificultou os primeiros contatos com o filho. “Eu achei que estava com algum problema quando o bebê começou a mamar e meu seio começou a doer, ele chorava com fome e eu não conseguia dar. Minha sorte é que a enfermeira que me atendeu aqui cuida muito bem de mim e dele. Além disso, a minha sogra ficou aqui o tempo todo comigo, me acalmando. É complicado, pois não tenho a minha mãe mais ao meu lado, porém, Deus enviou minha sogra que me ajudou e hoje, após muita insistência, meu filho conseguiu mamar”, disse emocionada a jovem.

A sogra de Dileyne, Edna Maria do Carmo Silva, 59 anos, reconhece que o leite materno é a melhor forma de proteger os filhos das ações do meio externo. “Eu tive 10 filhos, sendo 9 homens e uma mulher. Todos eles, eu amamentei até os seis meses apenas no seio e todos foram saudáveis, dificilmente ficavam doentes. Eu já falei isso para a Disleyne, que mesmo na minha época, em que não havia tanta divulgação dos benefícios de dar leite materno às crianças, eu já fazia isso. Hoje em dia, que há essa grande divulgação, ela deve amamentar o bebê até quando ele quiser. Dói mesmo no começo, mas depois, é muito bom sentir o filho perto de si”, disse a avó.

Questionadas pela reportagem quanto ao tempo que pretendem amamentar os filhos e se ficam receosas quanto a estética do corpo, as jovens afirmaram que o tempo os filhos dirão e a estética é algo para se pensar depois. “O médico me disse que até os seis meses, meu filho não precisa de mais nada além do meu leite e é o que vou fazer. Depois, ele disse que o pediatra irá avaliar a introdução de outros alimentos aos poucos. Porém, mesmo se ele estiver comendo outros alimentos, e ele querer o leite materno, eu vou dar”, contou Roseli. “A estética já muda a partir do momento em que engravidamos e me preocupar com isso, é algo que não penso. Agora, penso é em oferecer o melhor para ele. Tenho que pensar no que é melhor para meu filho e não para mim. A estética eu vejo depois, com o tempo, vou ver como isso fica. Se ele estiver saudável, é o que me importa’, concluiu Dileyne.

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