Cobrança do MPF sobre verbas da saúde indígena é pauta do Jornal Nacional
Em vistoria realizada entre setembro e outubro, o MPF encontrou diversos problemas. Três dos postos foram construídos abaixo do nível da rua e em terrenos com caída para o fundo. Quando chove, a enxurrada invade os prédios, trazendo muita lama.
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Em vistoria realizada entre setembro e outubro, o MPF encontrou diversos problemas. Três dos postos foram construídos abaixo do nível da rua e em terrenos com caída para o fundo. Quando chove, a enxurrada invade os prédios, trazendo muita lama.
A saúde na Reserva Indígena de Dourados será tema da reportagem especial desta quinta-feira (13) do Jornal Nacional, da série JN no ar. Esta é a segunda vez que a série do Jornal Nacional aterriza na segunda maior cidade do Estado. A primeira vez que o JN veio ao município foi em decorrência da eleição extemporânea em fevereiro, que elegeu o atual prefeito Murilo Zauith.
Oito meses depois, a reportagem do JN volta a Dourados após o MPF (Ministério Público Federal) inquirir a Prefeitura do Município sobre a situação dos postos de Saúde nas aldeias indígenas. Como divulgado em nota pelo MPF, o destino de cerca de R$1,8 milhões de verbas federais, que destinadas à Saúde na reserva indígena, está sendo questionado.
Em vistoria realizada entre setembro e outubro, o MPF encontrou diversos problemas nas unidades Zelik Trajber e Ireno Isnardi (Aldeia Bororó) e Guateca e Jaguapiru II (Aldeia jaguapiru). Três dos postos foram construídos abaixo do nível da rua e em terrenos com caída para o fundo. Quando chove, a enxurrada invade os prédios, trazendo muita lama.
Nas vistorias foi encontrado lixo hospitalar em banheiros, arquivos enferrujados, cadeiras rasgadas, portas sem maçanetas, janelas quebradas, salas de atendimento abarrotadas de caixas e com fios elétricos à mostra, teto mofado, portas fechadas com pedaços de madeira e até uma fossa destampada.
O MPF constatou ainda falta de geladeira para acondicionamento de vacinas, de armários para guardar material de limpeza e estantes para os medicamentos em estoque.
Falta até filtro de água para a equipe ou os pacientes atendidos. Em dois dos postos vistoriados o funcionamento é somente até 10h30 da manhã. Um dos postos foi interditado pela Vigilância Sanitária em maio, por falta de limpeza da caixa d’água.
Segundo a secretária municipal de Saúde de Dourados, Silvia Bosso, o ofício do MPF foi recebido pela prefeitura na última quinta-feira (06) e deverá protocolar as informações requeridas pelo ministério público no início da tarde desta quinta. De acordo com a secretária, devido ao feriado e ao ponto facultativo adotado pela prefeitura municipal nesta segunda-feira (10), não foi possível responder ao MPF anteriormente.
A nota divulgada pelo Ministério Público dava conta de que a prefeitura teria 48 horas para responder ao ofício, porém a secretária informou que o prazo seria de dois dias úteis, vencendo portanto nesta quinta-feira (13). Segundo a secretária, a equipe do JN já está em contato com a prefeitura e deve gravar parte da reportagem, com a palavra oficial da prefeitura, ainda na manhã desta quinta.
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