Alemanha vai decidir sobre planos para eliminar energia nuclear

A coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, deve formular neste domingo (29) um cronograma para fechar as usinas nucleares do país e um plano para substituir a produção de energia. Merkel recuou em março de uma decisão impopular feita alguns meses antes para estender a vida de usinas nucleares antigas da Alemanha, onde a maioria […]

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A coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, deve formular neste domingo (29) um cronograma para fechar as usinas nucleares do país e um plano para substituir a produção de energia. Merkel recuou em março de uma decisão impopular feita alguns meses antes para estender a vida de usinas nucleares antigas da Alemanha, onde a maioria dos eleitores é contra a energia nuclear.

Os cristãos-democratas da CDU de Merkel, o partido aliado União Social-Cristã na Baviera (CSU) e o parceiro menor na coalizão, os Democratas Livres (FDP), se reuinram neste domingo depois que uma comissão de ética encerrou suas deliberações nesse final de semana.

Depois de se reunir com os chefes dos Estados e pouco antes de começar a reunião da coalizão, Merkel deu uma declaração. “Acho que estamos seguindo um bom caminho, mas muitas, muitas questões devem ser consideradas”, disse ela, referindo-se aos custos da eletricidade e de uma fonte segura de energia.

“Se você quer deixar alguma coisa, você precisa provar como a mudança irá funcionar e como podemos ingressar em um fornecimento de energia durável e sustentável”, complementou a chanceler.

Segundo o jornal Bild am Sonntag, que não divulgou suas fontes, um acordo entre membros da coalizão não era esperado para este domingo, e os partidos da coalizão convocaram outra rodada de diálogos sobre a crise no final de semana.

A comissão de ética, criada pelo governo depois do desastre de Fukushima para criar um relatório sobre o futuro da indústria de energia nuclear alemã, divulgará suas descobertas oficialmente na segunda-feira.

Um esboço do documento, concluiu que a energia nuclear pode ser eliminada até no máximo 2021, proposta que tem o apoio dos conservadores.

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