Adiado julgamento do ex-major da PM acusado de chefiar o crime organizado

Alegando falhas técnicas no processo judicial os advogados do ex-major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho pediram e conseguiram adiar o julgamento do réu para quarta-feira que vem (11.05). Ele seria julgado hoje, mas a audiência durou apenas uma hora. Carvalho, já afastado da PM, condenado por tráfico de droga, é acusado agora por […]

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Alegando falhas técnicas no processo judicial os advogados do ex-major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho pediram e conseguiram adiar o julgamento do réu para quarta-feira que vem (11.05). Ele seria julgado hoje, mas a audiência durou apenas uma hora. Carvalho, já afastado da PM, condenado por tráfico de droga, é acusado agora por ligação com uma máfia que explorava jogos aqui em Mato Grosso do Sul.

Compõem o jurado nesse julgamento quatro juízes militares. Isso porque durante a sua prisão, na conhecida Operação Las Vegas, o réu ainda pertencia à corporação militar.

De acordo com a promotora de Justiça da Auditoria Militar, Tatiana Corrêa Façanha, os advogados de defesa contestaram as numerações processo.

Eis dois exemplos protestados pelos defensores do ex-major, segundo a promotora: do número 3.040 o processo salta para a página 3.241, isto é, diferença de mais de 200 páginas. As falhas aparecem também nas páginas 3459, que pula para a página 3.548.

Atuam na defesa de Carvalho os advogados Ivan Gibim Lacerda, Manoel da Cunha Lacerda, Nabihe Maksoud e Daluza Salvatori.

Operação Las Vegas

A operação Las Vegas foi posta em prática no dia 20 de maio de 2009 e foi chefiada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), braço do Ministério Público Estadual.

À época, os investigadores prenderam 18 pessoas e apreenderam ao menos R$ 320 mi dos integrantes da organização criminosa que, segundo o Gaeco, explorava jogos de azar no Estado. Aqui em Campo Grande foram fechados dois cassinos.

O esquema funcionava há uns três anos e era comandado pelo ex-major, que foi indiciado por contrabando de equipamentos eletrônicos e prática de jogo ilícito. O esquema oferecia até apostas pela internet.

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