Supremo nega pedido de transferência de traficante colombiano

O traficante colombiano Nestor Ramon Caro Chaparro teve o pedido de transferência indeferido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Chaparro é considerado um dos maiores traficantes da Colômbia e está preso na penitenciária Federal de Mossoró (RN), mas gostaria de ir para o Núcleo de Custódia da Polícia Federal de São Paulo […]

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O traficante colombiano Nestor Ramon Caro Chaparro teve o pedido de transferência indeferido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Chaparro é considerado um dos maiores traficantes da Colômbia e está preso na penitenciária Federal de Mossoró (RN), mas gostaria de ir para o Núcleo de Custódia da Polícia Federal de São Paulo (SP).

Ele aguarda julgamento de pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos desde 2001 por ser considerado pelos americanos um dos responsáveis pela distribuição de cocaína em Nova York e pela lavagem de dinheiro.

 Informações da Embaixada dos Estados Unidos, repassadas ao Supremo, identificam Chaparro e dois colombianos como chefes de operações de contrabando a partir de São Paulo, transportando cocaína dentro de feixes de polpa de celulose e rolos de papel para os Estados Unidos. De acordo com as informações, cada carregamento tinha cerca de 500 quilos.

A prisão preventiva de Chaparro foi decretada em 2005 e efetivada em abril de 2010. Inicialmente, o traficante foi para o presídio Bangu 1, no Rio de Janeiro, mas a preocupação de um resgate por parte de bandidos levou o Supremo a pedir sua transferência para Mossoró.

A defesa do traficante, segundo as informações divulgadas pelo Supremo, alega, entre outras coisas, que Chaparro está em uma penitenciária de segurança máxima e por isso submetido a regime disciplinar diferenciado, permanecendo “trancado 22h em cela solitária, sem TV, rádio, jornal, praticamente nada”.

Ainda de acordo com a defesa, a penitenciária é de difícil acesso, pois os aeroportos mais próximos ficam a 300 quilômetros. O preso, no entanto, admitiu que tem recebido visita de parentes em Mossoró, mesmo com a dificuldade da distância.

 Para a ministra Ellen Gracie a transferência eventual de Chaparro para São Paulo poderia trazer os mesmos riscos identificados em Bangu 1, mesmo entendimento da Procuradoria-Geral da República.

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