A situação dos 83 adolescentes da Unei Dom Bosco, que estão temporariamente abrigados na Colônia Penal Agrícola de Campo Grande, preocupa também sindicalistas que estiveram nesta terça-feira (31) no local vistoriando as instalações e as condições de trabalho dos agentes que cuidam dos menores.

A presidente do Sindsad-MS (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração) Lílian Fernandes e o presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), Jeferson Borges, visitaram nesta manhã as instalações da Colônia Penal Agrícola e conversaram com os dez agentes que fazem o trabalho diário nos cinco alojamentos onde estão os menores.

Após o recolhimento das tonfas (cacetetes de borracha), na semana passada por parte da promotoria da Infância e Juventude da Capital, os agentes não retiram os internos dos alojamentos para atividades recreativas.

Na semana passada, cerca de 80 adolescentes provocaram um princípio de motim, por falta de banho de sol. Eles quebraram lâmpadas e telhas do pavilhão.

Amanhã (1) o sindicato se reúne com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Wantuir Francisco Brasil Jacini, onde apresentarão propostas em relação à falta de segurança em que agentes e adolescentes se encontram.

“A segurança em risco não é somente dos agentes e sim dos adolescentes também. Muitos deles possuem rixas, como que evitaremos alguma coisa nesses casos”, questiona a presidente do Sindsad-MS.

Nesta semana o sindicato também se reúne com a promotora Vera Aparecida Cardoso Frost que autorizou a retirada das tonfas.