O governo americano disse nesta segunda-feira (2) que o poço danificado da petroleira britânica BP derramou ao mar 4,9 milhões de barris, segundo sua estimativa, dos quais apenas 800 mil foram recuperados. Os números confirma o vazamento do golfo do México no maior derrame acidental da história.

O vazamento de óleo no golfo do México começou no último dia 22 de abril, quando a plataforma petrolífera Deepwater Horizon da BP afundou, dois dias após explodir e causar a morte de 11 trabalhadores, deixando aberto um poço de petróleo no fundo do mar.

O petróleo se espalhou pelo golfo a um ritmo de 2 a 3 milhões de litros por dia depois do naufrágio da plataforma e atingiu praias dos Estados da Lousiana, do Mississipi e da Flórida.

O vazamento no golfo do México já é a pior tragédia ambiental dos Estados Unidos. Milhares de pássaros foram contaminados pela maré negra e reservas ecológicas também foram comprometidas.

Além do prejuízo ambiental, o caso também teve impacto político. O presidente Barack Obama se apressou em visitar a região do acidente (para onde retornou outras vezes) para não repetir o erro de seu antecessor, George W. Bush, durante o furacão Katrina, em Nova Orleans, em 2006.

A BP agora tenta selar definitivamente o poço. Foram várias as tentativas para conter o vazamento, com técnicas variadas. O óleo, no entanto, continuar a vazar, mas em quantidades muito menores que as iniciais.

Acidente custou cabeça do presidente da BP

O vazamento também levou o governo a repensar a exploração de petróleo. A Casa Branca chegou a suspender novas prospecções no golfo do México, mas teve de voltar atrás após uma liminar da Justiça, que deu ganho às empresas petroleiras.

O acidente também custou a cabeça do presidente da BP, o britânico Tony Hayward, que foi substituído pelo americano Bob Dudley.