Internos do Estabelecimento Penal de (EPPar) estão trabalhando na montagem de brinquedos pedagógicos e de kits de embalagens para presentes. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o grupo empresarial Pais & Filhos, por meio do Conselho da Comunidade e do Poder Judiciário local.

Conforme o Diretor do EPPar, José Carlos Marques, o trabalho acontece desde o início de dezembro. “As atividades iniciaram com quatro internos e atualmente sete trabalham na produção, podendo este número ser aumentado conforme a demanda e o efetivo funcional”, comenta.

No presídio, os internos separam peças, que já chegam prontas, de quebra-cabeças e de outros brinquedos educativos, formando jogos individuais, e ainda atuam na separação das embalagens de presentes em pacotes. Eles são remunerados conforme a produção, equiparada aos funcionários da empresa, além de receberem remição de pena – três dias trabalhados reduzem um dia no total a ser cumprido.

A atividade é desenvolvida no Setor Empresarial da unidade penal, espaço este, inaugurado no mês de novembro com o objetivo de oportunizar parcerias para o oferecimento de ocupação produtiva aos internos.

Outras parcerias

Além da Pais & Filhos, que mantém parceria com a Gala Embalagens, o local também é ocupado pela empresa Adriana Rezende D-4 calçados, que atualmente ocupa a mão-de-obra de 10 internos na finalização da produção de sapatilhas plásticas femininas, atuando na colagem de palmilhas, enfeites decorativos e embalagens comerciais, com uma produção de dois mil pares diários.

Destaque também para a parceria com a Prefeitura Municipal, que – além dos trabalhos já realizados com os enfeites natalinos em 2009 e que prosseguem este ano – atualmente dá utiliza internos na reforma e pintura de móveis escolares.

Paranaíba é hoje exemplo para todo o Estado na ocupação produtiva da mão-de-obra prisional, graças ao “Projeto Recomeçar” – criado pelo Juiz da Vara de Execução Penal de Paranaíba, Francisco Vieira de Andrade Neto – e ao apoio do Conselho da Comunidade local, presidido pelo advogado Fidelcino Ferreira de Moraes, além do auxílio constante dos servidores penitenciários.