Para o chefe da ONU, pobres não podem arcar com preço da crise
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, admitiu nesta segunda-feira, em Nova York, que existe ceticismo quanto ao cumprimento das Metas do Milênio em meio a um cenário de crise global, mas afirmou que os pobres não podem pagar a conta. “Ser fiel (às Metas do Milênio) significa dar apoio aos vulneráveis, apesar da crise econômica”, […]
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, admitiu nesta segunda-feira, em Nova York, que existe ceticismo quanto ao cumprimento das Metas do Milênio em meio a um cenário de crise global, mas afirmou que os pobres não podem pagar a conta.
“Ser fiel (às Metas do Milênio) significa dar apoio aos vulneráveis, apesar da crise econômica”, afirmou Ban, em discurso endereçado a mais de 140 líderes de todo o mundo.
“Não devemos apoiar orçamentos nas costas dos pobres. Não devemos nos afastar da assistência oficial em favor do desenvolvimento, que é uma linha de vida de bilhões para bilhões”.
Durante três dias, chefes de Estado e de governo vão se reunir para revisar o progresso no cumprimento das Metas do Milênio. Estabelecidas em 2000, elas pretendem reduzir a pobreza no mundo e melhorar as condições de vida nos países em desenvolvimento até 2015.
Segundo o secretário-geral da ONU, as metas ainda podem ser atingidas se o trabalho necessário for realizado. No entanto, ele disse que “o relógio está andando” e que muito mais deve ser feito para que os objetivos sejam atingidos no prazo final de 2015.
Um dos criadores das Metas do Milênio, o economista americano Jeffrey Sachs, criticou nesta segunda-feira os países ricos por gastarem dinheiro em guerras, em vez de cumprir suas promessas.
Em entrevista à BBC, ele disse que as nações desenvolvidas entregaram, de 2005 até agora, apenas metade dos US$ 30 bilhões anuais que haviam prometido à África.
O Brasil está representado em Nova York pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes.
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