Na avaliação do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), a atuação do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), que diz ter atuado como coordenador comitê de prefeitos pró-Dilma Rousseff no Estado, prejudicou o desempenho da candidata principalmente na Capital. Ele analisa que Nelsinho empenhou-se em eleger os senadores da coligação com PSDB, o que atrapalhou Dilma em Campo Grande e favoreceu o tucano José Serra.
“Dilma perdeu muito voto na Capital por causa do trabalho feito por Nelsinho (Trad) e André Puccinelli para eleger os senadores de sua coligação. Eles jogaram pesado, o que fortaleceu muito o Serra em Campo Grande, já que no interior Dilma foi muito bem, ela venceu”, afirmou Dagoberto.
Apesar de ter sido a primeira liderança do PMDB de MS a declarar apoio a Dilma, Nelsinho trabalhou durante a campanha pela eleição dos candidatos a senador da chapa de André Puccinelli (PMDB), Waldemir Moka (PMDB) que foi eleito e Murilo Zauith (DEM). Os dois defendiam a eleição de Serra
Mato Grosso do Sul está entre os oito estados nos quais Dilma teve menos votos que José Serra. No Estado, Dilma teve cerca de 517 mil votos (39%) e o tucano mais de 550 mil (42%).
Dagoberto, o senador reeleito Delcídio do Amaral (PT) e o ex-governador Zeca do PT vão trabalhar no segundo turno da disputa presidencial para conquistar para Dilma Rousseff os votos que Marina Silva (PV) recebeu no primeiro turno em Mato Grosso do Sul. “Vamos buscar 90% dos votos de Marina Silva, que tem ideais políticos mais próximos de Dilma, tanto que as duas estiveram no governo de Lula”, destacou Dagoberto.
O deputado participou nesta semana de reunião no centro de convenções do Hotel Golden Tulip Brasília Alvorada, localizado às margens do Lago Norte, em Brasília, onde o desempenho de Dilma em estados e capitais esteve em pauta.
Com informações da assessoria de Dagoberto Nogueira.
