Número de faltosos em MS foi igual ao eleitorado de 4 cidades

Em Mato Grosso do Sul, 308.448 pessoas ou 18,13% de um eleitorado de 1.700.912 não compareceram às urnas no primeiro turno das eleições gerais deste ano realizadas, no domingo dia 3. Conforme tabela fechada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de MS em junho deste ano, o número representa a soma do eleitorado de quatro cidades […]

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Em Mato Grosso do Sul, 308.448 pessoas ou 18,13% de um eleitorado de 1.700.912 não compareceram às urnas no primeiro turno das eleições gerais deste ano realizadas, no domingo dia 3. Conforme tabela fechada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de MS em junho deste ano, o número representa a soma do eleitorado de quatro cidades populosas do Estado: Dourados (139.942), Três Lagoas (66.328), Ponta Porã (53.531) e Aquidauana (33.691) que juntas somam 307.578 eleitores.

A abstenção em MS, conforme dados do próprio TRE foi um pouco superior a das eleições gerais de 2006, quando 272.233 eleitores de um eleitorado total de 1.561.181 não compareceram às urnas, representando um índice de 17,44%.

Nestas eleições, MS foi apenas o 15º estado em número de abstenções na comparação com os outros 26 estados brasileiros. O campeão foi o Estado do Maranhão onde quase um quarto do eleitorado não foi às urnas. A marca foi de 23,97%. O estado que menos abstenções teve em termos percentuais foi Roraima onde 13,98% dos eleitores deixaram de votos.

A média nacional foi de 18,12% ou cerca de 24,6 milhões de brasileiros. O número das eleições passadas, em 2006, ficou um pouco menor do que agora: 16,75%.

Segundo turno pode ter abstenção maior

O cientista político da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santos) Hermes Zaneti faz um alerta sobre o risco de aumento de abstenção de votos no segundo turno das eleições, marcado para o dia 31. Segundo ele, a razão seria o fato de o segundo turno presidencial ser uma eleição “solteira” para a maioria da população.

“Em muitos estados [18] não vai haver segundo turno para governador, assim como não teremos em nenhum mais eleições para senador, deputado federal e deputado estadual, que são agentes mobilizadores. Não há um motor mobilizador do eleitorado para o dia da eleição”, avaliou em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, reproduzida pelo UOL.

De acordo com ele, a proximidade do dia da votação – domingo (31) – com o feriado de Finados, que será na terça seguinte, dia 2 de novembro, também pode desmotivar o comparecimento dos eleitores. “A data escolhida é absolutamente inoportuna”, criticou ao dizer que o novo turno das eleições está marcado entre “datas que as pessoas querem aproveitar para o seu lazer e viagem”.

Para o cientista político, as abstenções revelam o “desencanto” dos eleitores. “Não é imotivado isso, basta lembrar os episódios a que nós assistimos – quer em nível regional, quer em nível federal”, disse. Na opinião do acadêmico, “isso é um chamamento aos partidos, às lideranças, e à própria estrutura democrática que com tanta dificuldade se conquistou no país”. (Com informações do Portal Uol)

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