Novo governador do DF pode ser eleito com apenas 7 votos

O Distrito Federal tem 1.766.116 milhão de eleitores, mas o próximo governador da capital poderá ser eleito com apenas sete votos. Este cenário seria possível se, no dia do pleito, apenas 13 dos 24 deputados comparecerem – número mínimo exigido pelas regras da eleição. Se houver apenas duas chapas concorrendo, o voto da maioria – […]

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O Distrito Federal tem 1.766.116 milhão de eleitores, mas o próximo governador da capital poderá ser eleito com apenas sete votos. Este cenário seria possível se, no dia do pleito, apenas 13 dos 24 deputados comparecerem – número mínimo exigido pelas regras da eleição. Se houver apenas duas chapas concorrendo, o voto da maioria – sete deputados – elege o governador.

Se três ou mais chapas se inscreverem para o pleito, a regra muda: será eleito o candidato que receber, no mínimo, o voto da maioria dos deputados (13 de 24 parlamentares). Se ninguém alcançar este placar, os dois mais votados disputam em segundo turno.

O deputado Chico Alencar, do PT, avalia que sete votos seriam, de fato, muito pouco para eleger um governador, mas o petista ressalva que as regras são previstas pela Constituição, e não poderiam ser alteradas a tempo da eleição no DF. “É péssima a eleição indireta em si. Toda eleição indireta deixa uma sensação de falta de representatividade democrática. O debate deveria entrar na pauta nacional, e as eleições indiretas, varridas do mapa constitucional”.

Raimundo Ribeiro, deputado distrital pelo PSDB, em contrapartida, ressalva que os deputados foram escolhidos pelo povo e, indiretamente, representam a vontade da população na hora de escolher o governador. “Os eleitores serão os 24 deputados que simbolizam os milhões de eleitores. Aqui, nenhum deputado foi eleito sem voto”, afirma.

A eleição será no dia 17 de abril e o prazo de registro termina às 18h desta quarta-feira, 7.

O cargo de governador do DF foi declarada vago em 16 de março, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato de José Roberto Arruda por infidelidade partidária. Arruda já estava fora do cargo desde 11 de fevereiro, quando foi preso pela Polícia Federal por tentativa de suborno a uma testemunha do “mensalão do DEM”, esquema de corrupção que seria chefiado por ele, segundo inquérito policial.

O então vice-governador Paulo Octávio chegou a ficar no cargo por 14 dias, mas, sem apoio político, renunciou. Desde então é o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima, quem comanda a cidade interinamente.

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