A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, participou neste sábado (10) de um passeio pela represa de Guarapiranga, em São Paulo, e defendeu a adoção de políticas integradas para combater a poluição.

– Vi uma grande quantidade de algas. Aparentemente é uma cena bonita, mas lamentavelmente é uma cena triste, porque as algas estão ali em função da poluição da represa.

A ex-ministra do Meio Ambiente ressaltou que 40% do esgoto na capital paulista não recebe tratamento adequado e acaba indo para os rios e voltando às áreas que abastecem 4 milhões de pessoas.

Para reverter esse quadro, ela defendeu a adoção de uma política articulada entre os municípios, Estados e União, além do envolvimento com a comunidade, para não permitir mais a ocupação irregular das áreas próximas à represa.

Segundo Marina, como São Paulo é uma cidade com problemas de abastecimento de água, é necessário fortalecer a agência que cuida da bacia hidrográfica e viabilizar a cobrança voluntária pelo uso da água, utilizando os recursos arrecadados na recuperação da represa, além de cuidar dos mananciais

– Nós temos uma lei de proteção de mananciais que precisa ser implementada, sob pena de pagarmos um preço muito alto, o preço social, ambiental e econômico.

Para ela, é essencial ter uma gestão pública que evite o desperdício dos recursos financeiros, humanos e naturais.

– Aqui nós temos um desperdício de recursos naturais que historicamente vem sendo repetido.

Marina Silva disse ainda que há um grande número de pessoas interessadas em aderir à cobrança pelo uso da água, mas desde que o recurso seja aplicado na recuperação da própria bacia.