Local onde mineiros foram resgatados pode se tornar museu

No dia seguinte ao fim do resgate dos 33 mineiros, que ficaram 70 dias soterrados na Mina San José, no Norte do Chile, o local batizado de Acampamento Esperança não se parece mais com o cenário dos últimos dois meses. A maior parte das famílias, que estavam acampadas, foram embora. Mas deixaram para trás fotografias, […]

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No dia seguinte ao fim do resgate dos 33 mineiros, que ficaram 70 dias soterrados na Mina San José, no Norte do Chile, o local batizado de Acampamento Esperança não se parece mais com o cenário dos últimos dois meses. A maior parte das famílias, que estavam acampadas, foram embora. Mas deixaram para trás fotografias, bandeiras, barracas, fogareiros e churrasqueiras. A pedido dos mineiros, os parentes mantiveram tudo no local.

Uma das ideias das autoridades, que conta com o apoio de alguns mineiros, é que o local se torne uma espécie de museu a céu aberto. Por esta razão, as famílias que seguiram para Copiapó, onde os mineiros estão internados em um hospital da cidade, deixaram os pertences no acampamento. As 33 bandeiras do Chile, representando os trabalhadores, que viraram uma espécie de símbolo também estão no local.

Cerca de 1,5 mil jornalistas de mais de 200 veículos de imprensa estrangeira e chilena participaram ativamente da cobertura sobre o incidente. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) esteve presente no local com uma equipe da TV Brasil que preparou matérias diárias e uma série especial para o Programa Caminhos da Reportagem.

Muitas das equipes de reportagem, que montaram acampamento no local, foram embora. A partir de hoje (14) o foco está direcionado para a recuperação e os depoimentos dos 33 mineiros, que ficaram a 700 metros de profundidade, na mina no Norte do Chile. De acordo com profissionais que acompanham o desenrolar do caso dos mineiros, foi impossível não se envolver emocionalmente com os trabalhadores e as famílias.

A operação de resgate foi concluída ontem (13) pouco antes das 22h. O último a deixar o abrigo foi Luis Urzúa, apontado como líder do grupo dos mineiros. O primeiro mineiro a ser resgatado, Florencio Avalos, deixou o abrigo por volta da meia-noite de terça-feira (12). Todo o processo de resgate levou pouco menos de 24 horas.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, acompanhou a maior parte dos resgates e cumprimentou cada um dos trabalhadores que chegava à superfície. Ao final, Piñera agradeceu a Deus e ao apoio das equipes que trabalharam nos resgates. Em seguida, ele pediu que todos cantassem o hino nacional chileno.

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