Homem morre após esperar atendimento no chão de hospital em Paranaíba

Aquiles Francisco de Souza, 24, ficou cerca de 16 horas à espera de um médico

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Aquiles Francisco de Souza, 24, ficou cerca de 16 horas à espera de um médico

Aquiles Francisco de Souza, de 24 anos, morreu às 23h15 de ontem (18), após esperar atendimento deitado no chão da Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba. Para a família, a demora e as condições inadequadas em que ele foi deixado no hospital contribuíram para a sua morte.

Aquiles foi levado ao hospital pelo Corpo de Bombeiros, por volta das 7h. De acordo com o amigo que o acompanhou, Diorel Moraes de Oliveira, de 23 anos, a porta do hospital estava aberta e como Aquiles estava mal, eles entraram, mas foram tirados do local porque, segundo o porteiro, não havia médico.

Uma cadeira de rodas foi disponibilizada para o paciente, mas, como estava com muitas dores, ele se deitou no chão. Após algum tempo, uma funcionária do hospital deixou que o amigo levasse o paciente até uma sala. Uma enfermeira disse que aplicaria soro. Enquanto tomava o soro, o corpo de Aquiles começou a ficar roxo.

Quando finalmente uma médica foi chamada, ficou constatado que o homem estava com infecção generalizada. Depois disso, ele foi encaminhado à UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde morreu. No atestado de óbito a causa da morte está em aberto.

Há alguns dias, ele teve um diagnóstico de dengue. Segundo a família, os médicos informaram que Aquiles teve falência múltipla de órgãos, pneumonia e infecção generalizada. A família quer Justiça sobre o caso, e reclama do atendimento que ele recebeu na Santa Casa da cidade.

Complicação – Aquiles era casado e deixa uma filha de quatro meses. Segundo informado pelo responsável pela Santa Casa, José Homero de Freitas, o caso será verificado. Ele adianta que ontem o plantonista chegou atrasado e isso prejudicou o atendimento.

De acordo com ele, demorou 35 minutos para que o paciente conseguisse um médico. Aquiles precisou de atendimento após um acidente de moto. Ele teve que fazer uma cirurgia na perna, onde foram colocados pinos metálicos. Depois de quatro meses, os pinos foram retirados e colocado gesso. Segundo o amigo, o gesso foi mal colocado e se soltava.

A parte do salto desprendeu e ele torceu o pé. Com isso, teve início a infecção que levou à sua morte. “Levamos ele três vezes na Santa Casa e o pessoal simplesmente mandava ele ir embora. Os únicos remédios que eles passam são Tylenol e Diclofenaco”, revelou o amigo da família, Diorel Moraes de Oliveira.

 (Com informações do Jornal Tribuna Livre)

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