Grêmio vence e acaba com os 100% do Corinthians no Pacaembu

Num jogo dramático no Pacaembu, o Grêmio mostrou sua velha garra, provou ser imortal, como canta a sua torcida. Venceu o Corinthians por 1 a 0, mesmo jogando com um jogador a menos desde os 12 minutos do segundo tempo, e acabou com a sequência de vitórias alvinegras em casa. Até então, o Timão havia […]

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Num jogo dramático no Pacaembu, o Grêmio mostrou sua velha garra, provou ser imortal, como canta a sua torcida. Venceu o Corinthians por 1 a 0, mesmo jogando com um jogador a menos desde os 12 minutos do segundo tempo, e acabou com a sequência de vitórias alvinegras em casa. Até então, o Timão havia vencido todos os seus dez jogos como mandante neste Brasileirão. Aliás, a equipe corintiana não perdia no Pacaembu desde novembro do ano passado, quando foi batido pelo Náutico. Eram 23 jogos de invencibilidade. E pensar que Iarley teve duas chances incríveis para manter esse retrospecto. Ele perdeu um pênalti (defendido por Victor) e desperdiçou um gol incrível, dentro da pequena área, logo após a penalidade. Rafael Marques salvou em cima da linha.

Grêmio manda no primeiro tempo

O Grêmio uniu força e criatividade no meio de campo. Enquanto os volantes Adílson e Ferdinando anulavam Bruno César e Elias, os homens de armação do Corinthians, os meias Douglas e Souza tinham espaço para dominar, pensar na melhor alternativa, lançar seus companheiros. Os dois meias gremistas contavam ainda a ajuda de Gabriel, lateral que caía pelo meio, se revezando com Souza, confundindo a marcação alvinegra, que perdeu Ralf aos 13 minutos. Aos 4, ele foi calçado por Douglas, prendeu o pé esquerdo na grama e torceu o tornozelo. Tentou voltar, não aguentou e foi chorando para o banco. Boquita entrou em seu lugar.

Com seus meias anulados, o Corinthians dependia das raras saídas de Jucilei. Aos 18 minutos, o volante fez jogada de ponta direita, acertou lindo drible em Fábio Santos e cruzou para trás. Elias recebeu e, na hora do chute, foi travado por Rafael Marques. Esse foi um dos raros lances em que a equipe da casa conseguiu entrar na área adversária tocando a bola.

Iarley e Jorge Henrique, isolados na frente, passarem a voltar para buscar o jogo. Então, o Timão embolou, perdeu senso tático e deu a bola para o Grêmio jogar com tranquilidade. Douglas comandava as ações no meio de campo. Aos 28 minutos, ele cobrou escanteio da esquerda. A bola foi rebatida e sobrou para Gabriel emendar de primeira, de pé esquerdo, que não é o seu forte. O tiro, que saiu forte, rasteiro, entraria no canto esquerdo, mas Júlio Cesar se atirou e defendeu.

O Grêmio rondava a área corintiana com cada vez mais frequência. Aos 34, aconteceu o que parecia inevitável. Douglas recebeu pela meia esquerda, avançou, colocou a bola entre as pernas do zagueiro corintiano Paulo André e encheu a canhota, acertando o ângulo. Um golaço, que não foi comemorado pelo camisa 10. Campeão paulista e da Copa do Brasil no ano passado, pelo Timão, ele preferiu apenas abraçar os companheiros, sem festejar.

O Corinthians, acuado, só conseguia chegar em tiros de longe, sempre de Bruno César, que não acertou o alvo. O Grêmio estava mais perto de marcar o segundo do que levar o empate. Borges quase fez aos 44, quando recebeu de Souza, livre, dentro da área, e foi travado por Júlio Cesar na hora do arremate. Depois, aos 46, foi a vez de Jonas assustar os corintianos, aplicando drible desconcertante em Paulo André, pela esquerda. No arremate, ele tentou acertar o ângulo, mas errou o alvo.

Pressão total  do Timão

O segundo tempo mudou completamente. O técnico do Corinthians, Adílson Batista, fez uma mudança importante. Tirou o lateral-direito Moacir, que não funcionava pela direita, e colocou o meia Danilo. O Timão, assim, passava a ter uma presença maior no meio de campo. Bruno César ganhou companhia, a bola passou a ser corintiana. E o jogo também.

Agora, o Grêmio não passava do meio de campo. Limitava-se a afastar a bola de sua área em desesperados chutões. Aos 12 minutos, Bruno César arrancou pela esquerda e foi derrubado por Vilson na área. Pênalti. O zagueiro gremista, que já tinha amarelo, levou o vermelho. O Corinthians estava com a faca e o queijo na mão. Um pênalti para bater, um jogador a mais em campo. Mas todo o corintiano sabe: as coisas para o Timão nunca são fáceis. Aos 14, Iarley executou a cobrança. Tentava acertar o canto direito. O chute saiu fraco. Victor adivinhou o canto e espalmou. Desespero nas arquibancadas do Pacaembu. Em seguida, Elias recebeu de Bruno César e cruzou. Iarley estava na pequena área. Livre. Ele dominou e chutou. Rafael Marques, em cima da linha, salvou.

A pressão corintiana era impressionante e o técnico gremista Renato Gaúcho trancou o seu time. A ordem era afastar a bola da área. Chutão sem pudor. À medida que o tempo passava, os corintianos iam ficando cada vez mais nervosos. A bola parecia queimar. Os cruzamentos na área se intensificaram. Já não havia mais jogada trabalha. Era pressão por todos os lados. Mas a pressa é inimiga da perfeição.

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