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Governo da Argentina rejeita renúncia do presidente do BC

O governo argentino rejeitou, neste sábado, a renúncia do presidente do Banco Central, Martín Redrado, anunciada na véspera. O chefe de gabinete da Presidência, equivalente a Casa Civil, Aníbal Fernández, disse que a renúncia “não existe” e “não pode ser aceita”. “Não existe (saída). Não se pode e não se deve aceitar a renúncia de […]
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O governo argentino rejeitou, neste sábado, a renúncia do presidente do Banco Central, Martín Redrado, anunciada na véspera.

O chefe de gabinete da Presidência, equivalente a Casa Civil, Aníbal Fernández, disse que a renúncia “não existe” e “não pode ser aceita”.

“Não existe (saída). Não se pode e não se deve aceitar a renúncia de Redrado como titular do Banco Central”, afirmou Fernández à rádio Diez, de Buenos Aires.

O argumento do governo se deve ao fato de que a presidente Cristina Kirchner havia demitido por decreto o presidente do BC no início de janeiro. Para o governo, portanto, não pode haver renúncia, já que Redrado já teria sido demitido.

Após o anúncio da demissão, o economista apelou da decisão e o Congresso nacional começou nesta semana a analisar o caso para emitir um parecer sobre a situação do presidente do Banco Central argentino.

Segundo Fernández, o governo não aceita a renúncia “de jeito nenhum”.

“Depois do escândalo que ele fez, agora quer deixar o cargo como se não tivesse acontecido nada. De jeito nenhum”, afirmou.

Renúncia

Na sexta-feira, Redrado convocou os jornalistas para declarar que não seguiria mais no cargo.

“Decidi, definitivamente, me afastar do Banco Central. O governo tem uma voracidade sem limites. A presidente tentou me tirar do cargo ilegalmente”, afirmou.

O economista destacou que, enquanto estava à frente da instituição, “protegeu a poupança dos argentinos, evitou uma desvalorização da moeda em 2008 e a compra de ações da petroleira YPF” com as reservas.

Numa carta enviada à presidente e divulgada pelos sites argentinos neste sábado, Redrado diz que o desempenho durante sua gestão (2004-2010) foi “muito satisfatório” porque evitou, por exemplo, “os efeitos da crise internacional”.

Polêmica da demissão

Cristina Kirchner o demitiu por Decreto de Necessidade e Urgência (DNU, equivalente a Medida Provisória) no dia seis de janeiro.

O argumento da presidente foi a demora do presidente do BC para autorizar a liberação de US$ 6,5 bilhões das reservas para a criação de um fundo que serviria par pagar dívidas do governo.

Redrado rejeitou a demissão e argumentou que a carta orgânica do Banco Central determina que tal medida deva ser avaliada por uma comissão no Congresso Nacional.

Com base nessa justificativa, Redrado apelou à Justiça, que determinou sua restituição e proibiu o uso das reservas – estopim da demissão.

Após vários dias de disputas na Justiça, o vice-presidente do país e presidente do Senado, Julio Cobos, crítico da gestão oficial, convocou a comissão no Congresso, durante o recesso de verão.

A comissão bicameral iniciou os trabalhos nesta semana, ouvindo depoimentos do ministro da Economia, Amado Boudou, de técnicos do Banco Central e de Redrado.

A expectativa era que os parlamentares emitissem uma avaliação sobre a situação de Redrado, na próxima terça-feira.

De acordo com a carta orgânica do BC, esta comissão deve interpretar se Redrado atuou com “má conduta” ou “falta de cumprimento do dever de funcionário público” – caso isso seja constatado, ele pode ser demitido do posto.

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