Fifa nega que Morumbi esteja excluído da Copa-2014

O projeto apresentado pelo São Paulo para reformar e adaptar o estádio do Morumbi para a Copa de 2014 é suficiente para a primeira e a segunda fase do Mundial, e a utilização da arena na semifinal ainda é uma hipótese plausível contanto que mais adaptações sejam feitas, disse a Fifa hoje à Folha. O […]

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O projeto apresentado pelo São Paulo para reformar e adaptar o estádio do Morumbi para a Copa de 2014 é suficiente para a primeira e a segunda fase do Mundial, e a utilização da arena na semifinal ainda é uma hipótese plausível contanto que mais adaptações sejam feitas, disse a Fifa hoje à Folha.

O jornal “O Estado de S.Paulo” divulgou que o estádio teria sido descartado pela entidade, que anunciaria a decisão nesta semana durante visita do secretário-geral Jérôme Valcke ao país. A Fifa desmentiu.

“As questões relacionadas ao Morumbi estão ligadas à análise técnica do estádio. Até o momento, o projeto apresentado permite que o estádio sedie jogos da primeira e da segunda fase da Copa do Mundo”, disse a Fifa em e-mail à Folha.

A resposta da entidade veio após ser indagada pela reportagem sobre o que teria mudado desde que Valcke, principal crítico do estádio, declarou em entrevista coletiva em Zurique, há quatro semanas, que a última versão do projeto entregue pelo São Paulo em março era satisfatória e estava em linha com as exigências feitas pela organização internacional.

“A Fifa forneceu aos representantes do Morumbi/São Paulo informações sobre o que eles precisam melhorar para que o [estádio] seja candidato a receber uma semifinal, e no momento esperamos para ver essas melhorias”, explicou a entidade.

A Fifa também nega que a visita de Valcke ao Brasil nesta semana tenha relação com a análise técnica do estádio.

Após meses de reclamações sobre o estádio e de pelo menos três revisões no projeto, o cartola afirmou em 19 de março que as mudanças apresentadas pelo São Paulo eram satisfatórias. Ele não detalhou quais eram as modificações, mas as preocupações manifestadas pela Fifa se centravam na capacidade limitada para os torcedores em uma semifinal ou na abertura, além que questões de visibilidade e sobre a entrada dos vestiários.

Na ocasião, ao ser indagado pela Folha se o projeto estava endossado, ele respondeu com uma ressalva: “O que está no papel [está]. Do papel à realidade, há sempre uma distância”. Ontem, no entanto, a declaração da entidade foi ainda mais enfática, embora a Fifa não tenha querido responder sobre a possibilidade de o Morumbi receber a abertura do evento.

No dia 30 de março, Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), criticou a arena paulistana e disse que ela não estava apta a sediar a abertura, no que foi então interpretado nos bastidores como manobra política (aparentemente em vão) para fragilizar o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, vice na chapa que ontem reelegeu Fábio Koff no Clube dos 13, derrotando o candidato de Teixeira, Kléber Leite.

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