O departamento de Estado americano informou nesta segunda-feira, 2, que apoia a iniciativa brasileira de conceder asilo à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério e condenada à morte por apedrejamento. 

De acordo com o porta-voz Philip Crowley, os EUA esperam que, caso Irã aceite a oferta, também demonstre outros gestos humanitários, como a libertação de três turistas americanos presos no país há um ano.

Segundo Crowley, a mediação humanitária proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sábado passado é distinta da nuclear, também costurada pela diplomacia brasileira e pela Turquia no impasse com o Ocidente gerado pelo programa atômico persa.

“Este é um caso que atraiu a atenção da comunidade internacional. E depois que o Brasil se ofereceu resta esperar que o Irã escute”, disse Crowley.

O porta-voz ainda condenou a pena de morte por apedrejamento. “Em pleno século XXI, Esta prática é uma barbaridade e deveria ser proibida”, acrescentou. Os EUA adotam a pena de morte em alguns Estados, por injeção letal.

Sakine Mohammadi Ashtiani tem 43 anos e é mãe de dois filhos. Ela é acusada de ter relações ilícitas com dois homens. Desde 2006, está na prisão, o que gerou diversas campanhas por sua libertação ao redor do mundo.