Em Porto Alegre, Dunga é aplaudido e admite decepção

Por causa dos nevoeiros que atrapalharam pousos e decolagens, o técnico Dunga desembarcou com atraso no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na manhã deste domingo, em Porto Alegre, após partir de Johannesburgo no último sábado, na África do Sul, em voo fretado da seleção brasileira que fez escalas no Rio e em São Paulo. Apesar do […]

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Por causa dos nevoeiros que atrapalharam pousos e decolagens, o técnico Dunga desembarcou com atraso no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na manhã deste domingo, em Porto Alegre, após partir de Johannesburgo no último sábado, na África do Sul, em voo fretado da seleção brasileira que fez escalas no Rio e em São Paulo. Apesar do fracasso do Brasil na Copa do Mundo, o treinador foi aplaudido por torcedores em sua recepção no Estado em que nasceu – ele é natural de Ijuí-RS.

Dunga não desembarcou no saguão principal do aeroporto gaúcho, que contou com a presença de cerca de apenas 20 pessoas que aguardavam o treinador – entre elas apenas duas com camisas da seleção brasileira – em meio a um grupo de cerca de 100 ao total que esperava pelo desembarque de outros passageiros. Após sua chegada, o técnico saiu por um portão lateral e deu uma breve entrevista no estacionamento do local, onde um grupo de seis amigos o aguardava para levá-lo para casa.

Ao descer da van na qual se dirigiu até o estacionamento, Dunga foi calorosamente aplaudido pelos torcedores que estavam no saguão do aeroporto e se deslocaram até o setor para encontrar o técnico, onde cercaram o veículo para expressar apoio ao comandante.

Depois da recepção calorosa, Dunga não escondeu a decepção pela eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo, após derrota de 2 a 1 para a Holanda, na última sexta-feira. “O trabalho foi aquele que tínhamos imaginado, planejado, mas a sensação é a de que um pedaço de nós ficou na África do Sul. As coisas estavam correndo bem e depois aconteceu a nossa desclassificação”, lamentou o técnico.

Dunga também fez questão de reforçar a conduta de trabalho sério que adotou no comando da seleção brasileira, que conseguiu resgatar o profissionalismo cobrado após o fracasso da seleção na Copa de 2006. “Aquilo que tínhamos projetado desde o início, de a seleção brasileira ser trabalhadora, foi aquilo que nós fizemos. Em alguns momentos, tivemos que ser mais duros para proteger a seleção e os jogadores”, enfatizou.

Ao falar sobre o futuro da seleção, que irá iniciar um novo ciclo que terá como principal objetivo a conquista da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, ele ressaltou que deixará um legado positivo para a próxima geração, apesar da eliminação amargada na África do Sul. “Mais do que a base, fica estruturada uma atitude e uma postura para a seleção brasileira do que é uma Copa do Mundo. É uma base que deve ser participativa. O futebol é assim, tem que saber perder e ganhar. Algumas vezes saímos sorrindo e alegres. Essa foi a vez de a gente conhecer as lágrimas”, disse.

Já ao ser questionado sobre o seu futuro, Dunga deixou a impressão de que ainda não definiu o que pretende fazer ao lembrar que firmou um compromisso de quatro anos de trabalho com a CBF, após assumir o comando da seleção brasileira em agosto de 2006. O treinador pretende descansar por uma ou duas semanas e depois se reunir com dirigentes da entidade que dirige o futebol brasileiro. “(O futuro) Vai depender do que a gente conversar”, fez mistério o treinador. 

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