Mais uma delegada foi afastado do caso Bruno Fernandes após a divulgação de um vídeo exibido na TV Globo em que o goleiro diz desconfiar que o amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, estaria envolvido no sumiço de Eliza Samudio. No fim desta tarde, Ana Maria Santos, da Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), também deixou o caso. A decisão foi anunciada horas depois do anúncio de que Alessandra Wilke, que presidia o inquérito, era afastada.

“Determinei a Corregedoria-Geral de polícia a instauração de sindicância para apurar, em no máximo 24 horas, com todo rigor o referido fato”, disse o chefe da Policia Civil mineira, Marco Antonio Monteiro. Com os afastamentos, o delegado Edison Moreira passa a chefiar o inquérito.

Nesta tarde, Bruno era ouvido pela Polícia Civil de Contagem (MG) para esclarecer em quais circunstâncias o vídeo foi feito. O advogado do goleiro, Ércio Quaresma, afirmou que as imagens não serão consideradas “porque foram obtidas de forma ilegal.”

O advogado disse ainda que todas as informações sobre o vídeo já são conhecidas. “São 9 passageiros, 2 tripulantes, um assessor da Polícia Civil e duas autoridades policiais. Sobram quatro agentes. Eles serão identificados e polícia vai tomar as providências.”

Desconfiança. No vídeo, gravado durante a viagem do jogador do Rio para Belo Horizonte, onde está preso, Bruno parece não saber que está sendo filmado. “Não sei o que deu na cabeça dele (Macarrão). Hoje, com todos os fatos que têm (contra ele), é difícil acreditar nele”. E acrescentou: “Pelo que estou vendo, tudo em volta, tudo que está acontecendo, estou chocado.”

Bruno contou que chegou a pensar que Eliza tivesse desaparecido para prejudicá-lo. “Fiquei com medo. Ela já tinha armado contra mim no Rio de Janeiro”, disse.

Nas imagens, ele relata uma conversa que teve com Eliza, dando sinais de que pretendia reconhecer a paternidade da criança. “Eliza, onde come um, comem dois. Onde comem dois, comem quatro. Se o filho for meu… Pra mim, era tranquilo.”