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Disque-denúncia recebeu 3,6 mil ligações sobre violência no RJ

O Disque-denúncia do Rio de Janeiro recebeu, até as 17h desta segunda-feira, 3.600 ligações desde o início da onda de violência no Rio e nas cidades da região metropolitana. As denúncias anônimas de moradores auxiliaram a polícia a prender traficantes envolvidos nos ataques e a encontrar drogas e armamento. Em um dia normal, são recebidas, […]
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O Disque-denúncia do recebeu, até as 17h desta segunda-feira, 3.600 ligações desde o início da onda de violência no Rio e nas cidades da região metropolitana. As denúncias anônimas de moradores auxiliaram a polícia a prender traficantes envolvidos nos ataques e a encontrar drogas e armamento.

Em um dia normal, são recebidas, em média, 300 ligações sobre todos os assuntos. Segundo o serviço, o maior número de denúncias foi registrado a partir de quarta-feira. O Disque-Denúncia classifica o montante de ligações dos últimos dias como um “recorde histórico”.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer).

Cartas divulgadas pela imprensa na segunda-feira levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado.

Na terça, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal passaram a integrar as forças de segurança para combater a onda de violência.

Desde o início dos ataques, o governo do Estado transferiu 18 presidiários acusados de liderar a onda de ataques para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Os traficantes Marcinho VP, Elias Maluco e mais onze presidiários que estavam na penitenciária de Catanduvas foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Muitos traficantes fugiram para o Complexo do Alemão. O sábado foi marcado pelo cerco ao Complexo do Alemão. À tarde, venceu o prazo dado pela Polícia Militar para os traficantes se entregarem. Dentre os poucos que se apresentaram, está Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M, que foi convencido pela mãe e por pastores a se entregar. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do complexo.

Desde o início dos ataques, até a incursão no Complexo do Alemão, no domingo, 28, pelo menos 38 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

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