Diretor deve deixar o cargo, diz presidente dos Correios

O presidente dos Correios, David José de Matos, confirmou neste domingo (19), por meio de sua assessoria, que o coronel Eduardo Arthur Rodrigues da Silva deve apresentar carta de demissão do cargo de diretor de Operações dos Correios nesta segunda-feira (20). Rodrigues foi apontado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” como sendo ligado à […]

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O presidente dos Correios, David José de Matos, confirmou neste domingo (19), por meio de sua assessoria, que o coronel Eduardo Arthur Rodrigues da Silva deve apresentar carta de demissão do cargo de diretor de Operações dos Correios nesta segunda-feira (20).

Rodrigues foi apontado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” como sendo ligado à empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), citada em denúncias de tráfico de influência que culminaram no pedido de demissão da ex-ministra da Casa Civil Eurenice Guerra e de outros dois funcionários da pasta.

De acordo com a reportagem, o diretor dos Correios seria representante de um empresário argentino, apontado como verdadeiro dono da empresa do setor aéreo. O jornal afirma ainda que Silva estaria atuando para transformar a MTA na empresa de carga aérea oficial dos Correios.

O G1 não conseguiu contato com o coronel Rodrigues. Na MTA, ninguém atendeu aos telefonemas da reportagem.

Carta de demissão

Segundo a Agência Estado, Matos disse neste domingo que o coronel relacionou a demissão com o impacto das denúncias em sua família. “Ele (coronel) disse que vai sair porque a família dele está destroçada. Assim que eu receber a carta, vou levá-la a quem de direito”, disse o presidente dos Correios.

Empossado em 2 de agosto como diretor de operações dos Correios, Silva havia afirmado para a Agência Estado, no sábado (19), que pediria demissão. “Eu vou pedir demissão. A minha família está destroçada. Não aguento mais”, disse à agência.

“Eu tenho 61 anos e estou saindo frustrado, por não poder passar meus conhecimentos para a empresa”, disse. “Tudo que eu queria era consertar a rede postal noturna, sei que posso deslanchar o departamento de logística (da estatal).”

O coronel Artur admitiu à Agência Estado conhecer o empresário Alfonso Conrado Rey, mas negou que seja “testa de ferro” do argentino na MTA. “Nunca fui dono, nem presidente, nem sócio da MTA. Me mostre qualquer documento que prove isso. Estou pronto para responder qualquer investigação”, disse à agência.

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