A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (28), em entrevista coletiva em Brasília, que, se for eleita, vai estender as mãos para os adversários partilharem “do processo de transformação do Brasil”. Dilma comentou ainda o caso do vazamento de dados sigilosos na Receita Federal e afirmou que o tema incomoda tanto a oposição quanto o governo.

O “convite” surgiu em uma resposta de Dilma sobre a possibilidade de vitória em primeiro turno, apontada em pesquisa Ibope divulgada neste sábado (28). A candidata do PT afirmou que “não pode e não deve” pensar nessa possibilidade e chamou a militância a se mobilizar. No final da fala, ela abriu o caminho futuro para os agora adversários.

“As pessoas que concorrem conosco têm que ser respeitadas, e depois da eleição a coisa muda de figura porque a gente desarma o palanque e estende a mão a quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar do processo de transformar o Brasil”, afirmou a petista.

Questionada se o “convite” era também ao seu principal adversário, José Serra (PSDB), a petista afirmou que depende dele. “Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele quer. Você pergunta para ele, mas, se ele quiser, perfeitamente”.

Dilma afirmou que estava falando em um “conceito” e que sua intenção era dizer que um governo tem de ser “para todos”. Ela afirmou que é uma prática de “República Velha” o ato de “conciliar recurso público a apoio político” e que, se for eleita, não vai discriminar estados que possam ser governados por oposicionistas.