Democratas rejeitam fusão com outros partidos

A Executiva nacional do Democratas decidiu, em reunião nesta terça-feira, descartar a possibilidade de fusão com outros partidos políticos e produzir um plano de ação para o fortalecimento da legenda. A partir da derrota nas eleições presidenciais, em que apoiou o tucano José Serra, cresceram as especulações de que o partido se fundiria ao PSDB […]

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A Executiva nacional do Democratas decidiu, em reunião nesta terça-feira, descartar a possibilidade de fusão com outros partidos políticos e produzir um plano de ação para o fortalecimento da legenda.

A partir da derrota nas eleições presidenciais, em que apoiou o tucano José Serra, cresceram as especulações de que o partido se fundiria ao PSDB ou ao PMDB e que este movimento estaria sendo capitaneado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, uma das principais lideranças do DEM.

“No encontro, foi descartada… por unanimidade, qualquer possibilidade de fusão com outros partidos”, disse o DEM em nota divulgada após a reunião da Executiva.

O texto é assinado pelo deputado Onyx Lorenzoni, presidente em exercício do partido.

O plano de fortalecimento da legenda visa, segundo a nota, ter candidatos próprios às eleições municipais de 2012 e gerais de 2014.

“O Democratas está voltado, neste momento, à reconstrução de sua unidade interna para garantir um futuro de êxito eleitoral no exercício de uma oposição responsável, atenta e fiscalizadora”, afirmou o partido, admitindo que há cisões na legenda.

O Democratas vem perdendo representatividade no Congresso e na última eleição elegeu dois governadores. Em 2006, apenas José Roberto Arruda foi eleito governador do Distrito Federal, renunciando após fortes denúncias de corrupção. Antigo PFL, o DEM trocou de nome e a direção, optando por uma geração mais jovem, mas ainda recebe forte influência de lideranças tradicionais como seu ex-presidente Jorge Bornhausen.

Mais cedo, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao anunciar os primeiros quatro secretários de sua gestão, disse que uma possível fusão do DEM com o PMDB não influenciaria sua escolha por nomes para compor seu governo porque os dois partidos “nos apoiaram em São Paulo”. No total, o governo paulista tem 27 secretarias.

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