Datas nacionais estão cada vez mais esquecidas nas escolas, alertam educadores

Muitos educadores defendem que as datas nacionais, como o 7 de Setembro, Dia da Independência, vêm sendo tratada de maneira tímida ano após ano. Essa é a sensação da educadora Márcia Terezinha Vieira, que leciona para crianças do Ensino Fundamental em uma escola particular da Capital. Inconformada, a professora tenta mudar o quadro. “Eu percebi que deveríamos […]

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Muitos educadores defendem que as datas nacionais, como o 7 de Setembro, Dia da Independência, vêm sendo tratada de maneira tímida ano após ano. Essa é a sensação da educadora Márcia Terezinha Vieira, que leciona para crianças do Ensino Fundamental em uma escola particular da Capital.

Inconformada, a professora tenta mudar o quadro. “Eu percebi que deveríamos estimular nossos alunos a entenderem a importância do amor ao país. E com isso passamos a estudar cada uma das estrofes do Hino da Independência e isso despertou o interesse deles”, explica.

Nos corredores e nas salas da escola, os professores se uniram da Educação Infantil até o Ensino Médio para mostrar aos alunos a importância da data. Cartazes e declarações de amor a pátria enfeitam os corredores da escola.

Segundo ela, o projeto foi realizado junto ao corpo pedagógico da escola . “Os alunos aprenderam a cantar o Hino e viram a importância da data para a história do Brasil. Eles questionaram inclusive se valeu a pena mesmo todo o processo de independência”, contou Márcia.

“Um aluno veio e questionou: ‘professora, mas valeu mesmo a pena, porque foi ai que nossa dívida externa começou’. Isso mostrou que temos bons resultados. Para nós professores, é preciso que os alunos entendam a história do povo brasileiro. Entendam o que significa morrer pela pátria, não no sentido do morrer físico, mas do sentimento de patriotismo”.

Patriotismo

As crianças do 6ª ano ouviam atentamente o professor Paulo falando sobre a Grécia, mas quando questionados sobre o que se comemora no dia 7/9 gritaram uníssono. “Independência do Brasil” e a frase do hino “Ou ficar a pátria livre, ou morrer, pelo Brasil”, foi cantada com entusiasmo pelos alunos.

“Eu acho muito importante. Aprendi a cantar o hino, pois além dele ser bonito é preciso saber da história do nosso país que passou por várias mudanças e cresceu muito”, disse Marcos Vinicius Silva, de 11 anos.

A escola ainda mantém um projeto onde toda segunda-feira os alunos cantam o hino no pátio da escola e aprendem sobre as riquezas, belezas naturais e importância do Brasil diante do cenário mundial.

Para a coordenadora pedagógica Márcia Eliza Carnevalli Mesquita, o projeto tem a intenção de resgatar os interesses das crianças e adolescentes ao patriotismo e a quererem um Brasil melhor. “É algo que está esquecido, mas temos como educadores que buscar esse resgate do patriotismo e o projeto ajuda a reforçar isso. As crianças se envolver bastante”, comenta a coordenadora.

“Na verdade, acreditamos como educadores que nossos alunos podem com isso se tornarem cidadãos melhores, que conhecendo a história de lutas do nosso país tenham mais amor por ele. Afinal, quem ama cuida. E a cerne do futuro está na educação e no amor”, finaliza a professora, com lágrimas nos olhos e com os alunos cantando o hino da independência na ponta da língua.

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