Duraram duas horas e trinta minutos a reconstituição do assassinato do advogado Nivaldo Nogueira de Souza nesta quarta-feira (01) em Costa Rica, realizada pelo delegado Cleverson Alves dos Santos. O acusado de pilotar a motocicleta no dia do crime, David Rosendo da Silva, 27 anos auxiliou a polícia e pilotou a moto durante o trabalho de reconstituição. Já o acusado de atirar contra o advogado, Rodrigo Batista Flores, o “Gordo” foi levado pela polícia até o local, mas se recusou a colaborar.

Cerca de 300 pessoas acompanharam o trabalho da polícia por volta das nove horas na Lanchonete “Meu Cantinho”, localizada na rua Josina Garcia de Melo onde ocorreu o crime no dia 23 de março de 2009. O promotor de justiça Izonildo Gonçalves de Assunção Junior estava presente no local.

“Recebi cinco mil reais”

David trabalha como moto taxista na cidade. Ele disse ao Hora da Notícia que foi contratado por o “Gordo” para fazer uma corrida, mas não sabia que ele iria assassinar o advogado. “Sou inocente, eu não sabia que o Gordo iria cometer um assassinato, eu só cumpri as ordens dele durante a corrida, eu sai para fazer um trabalho de moto taxista. Devid disse ao Hora da Notícia que depois do crime foi procurado por Edoildo Ramos, vulgo “Piá”, 37 anos que lhe entregou a quantia de R$ 5.000,00 para “vazar da cidade”, termo usado por Piá ao entregar o dinheiro, caso contrário a filha de David sofreia represálias.

O Hora da Notícia questionou David se tem medo de morrer na cadeia, ele foi enfático, “lá todos podem morrer, só temo pela minha família. Ele acrescentou que em nenhum momento foi forçado pela polícia a falar alguma coisa sobre o crime, “estou falando tudo como aconteceu, só estou dizendo a verdade”, afirmou.

O revólver calibre 38 usada no dia do crime foi enviada para a perícia da Policia Civil e ainda não retornou, por isso durante a reconstituição foi usada outra arma.

Gordo disse ser inocente

Já o Gordo disse ao Hora da Notícia que não praticou o crime e que é inocente. Questionado sobre seu depoimento na presença do promotor de justiça Izonildo e do delegado onde teria confessado a execução do advogado e contado detalhes de como tudo aconteceu, ele se limitou em dizer, “não fui eu”.

Aparentando estar orientado por advogado, ele disse que não era obrigado a participar da reconstituição e acrescentou, “é trabalho da polícia investigar.”

A fuga

Francisco Pereira Feitoza o “Chicão” foi o responsável em dar fuga para Gordo, eles chegaram juntos ao local do crime, Chicão ficou duas quadras acima esperando Gordo na esquina próxima a Lanchonete. Já David foi para sua casa depois do crime.

A família

O irmão do advogado, Adão Roberto de Souza ajudou a polícia a refazer o momento do crime, assim como os amigos.

A viúva do advogado, Anésia Souza acompanhou a reconstituição ao lado dos dois filhos e dos irmãos da vítima. A emoção era visível, a família e amigos choraram ao se lembrarem de Nivaldo.