Duas mulheres chamam a atenção nos postos de coadjuvantes: a prefeita Simone Tebet e a ex-primeira-dama Gilda dos Santos

Já estão praticamente definidos os nomes dos titulares nas duas chapas majoritárias que devem concorrer ao governo do Estado nas eleições deste ano. De um lado o PMDB do governador André Puccinelli e do outro o PT de Zeca. Os nomes dos candidatos a senador também já são conhecidos (embora o PMDB ainda precise definir em prévias qual das duas opções vai prevalecer). Restam, portanto, as vagas de suplentes e as vices para alinhavar definitivamente as alianças. E é aí que negociação atravanca.

Após bater o martelo e decidir que vai de chapa pura, o governador André Puccinelli está mais próximo de uma definição. Já fez o convite, que já teria sido aceito. A vice será a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet. Analistas vêm nela um nome forte para vencer a eleição, pois agrega votos do público feminino e da região do Bolsão. E Simone também pode ser a estratégia de André para sucedê-lo em 2014, em caso de vencer a eleição neste ano.

Zeca ainda titubeia sobre o vice ideal. Gostaria que fosse alguém ligado ao agronegócio e de outro partido, que não o PT e o PDT, já devidamente contemplados na chapa majoritária. Os petistas chegaram a procurar o ex-senador Lúdio Coelho, forte liderança ruralista, para pedir-lhe a indicação de um vice. Não conseguiram, mas pelo menos conseguiram uma foto sorridente do velho tucano.

“Acho cedo para definir o vice”, desconversa o deputado estadual Paulo Duarte. “Isso vai acontecer nas vésperas da convenção”. A convenção só acontece em junho.

De qualquer forma, como André já escalou o time, o PT aproveita para avaliar quem faria melhor a marcação. A figura carismática de Simone Tebet pode fazer o PT optar por uma mulher como companheira de chapa de Zeca. Se viesse do agronegócio, melhor ainda. E se fosse do PTB, satisfação garantida. O problema é achar esse nome.

Senado

Igual dilema vivem os titulares das chapas ao Senado. Delcídio do Amaral é o único que se pode dizer com certeza que será candidato. Seu mandato vence neste ano e precisa ser renovado. Os demais nomes lançados ainda são dúvida. E Delcídio ainda não fez qualquer referência sobre quem será seu suplente.

O atual suplente é o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, do grupo Correio do Estado. “Tudo leva a crer que continua ele. A não ser que ele não queira”, supõe Duarte. Já foi cogitado para ser parceiro de Delcídio até o filho do missionário da Igreja da Graça RR Soares, o pastor David Soares, filiado ao PDT. A Igreja da Graça arrendou dois canais de televisão de Campo Grande.

O outro candidato ao Senado na chapa de Zeca, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), já preencheu a vaga de suplente: trata-se da ex-primeira-dama Gilda dos Santos. A escolha de Gilda foi feita sem consulta ao senador Delcídio do Amaral, que reclamou, mas acabou aceitando. O temor é de dividir o PT, um grupo trabalhar pela eleição de Delcídio e outro apoiar Dagoberto/Gilda, o que pode atrapalhar a eleição dos dois.

No PMDB a dúvida é qual será o candidato a senador: se o deputado federal Waldemir Moka ou se o atual senador Valter Pereira. Eles estão inscritos para disputar eleição interna marcada para março. Enquanto não resolverem quem será o candidato, não se pode falar em suplentes.

A outra vaga de senador na chapa de André está reservada ao vice-governador Murilo Zauith, do DEM, podendo a suplência caber ao PPS. Também não se fala em nomes para suplente de Murilo por enquanto.