Censo quer ordernar pesca na Bacia do Alto Paraguai

O projeto do “Censo Estrutural da Pesca na Bacia do Alto Paraguai (BAP) – Estado de Mato Grosso do Sul”, desenvolvido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), tem como objetivo desenvolver o Sistema Nacional de Informações da Pesca e Aquicultura (SINPESQ). Os dados serão utilizados no ordenamento, e aprofundamento de pesquisas relativas à atividade. […]

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O projeto do “Censo Estrutural da Pesca na Bacia do Alto Paraguai (BAP) – Estado de Mato Grosso do Sul”, desenvolvido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), tem como objetivo desenvolver o Sistema Nacional de Informações da Pesca e Aquicultura (SINPESQ).

Os dados serão utilizados no ordenamento, e aprofundamento de pesquisas relativas à atividade. No Estado, as informações serão levantadas em Corumbá, Anastácio, Aquidauana, Bonito, Campo Grande, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Nioaque, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Terenos. A iniciativa é executada pela ONG Ecoa – Ecologia e Ação, em parceria com Embrapa Pantanal, Ibama , Imasul, Federação, Colônias e Associações de Pescadores.

Ao todo, nove pessoas, ligadas às comunidades pesqueiras, trabalharão durante 4 meses aplicando questionários nas áreas onde as atividades pesqueiras são desenvolvidas. A meta é que os coletores entrevistem aproximadamente  80% dos pescadores, percorrendo também as regiões mais distantes destes municípios. Os estabelecimentos que comercializam e preparam o pescado como: peixarias, supermercados e restaurantes, também vão ser ouvidos.

O Censo, em seu âmbito nacional, visa  entender as características da produção industrial e artesanal e as diferenças entre a pesca marinha e de água doce, para que seja possível interpretar as particularidades de cada cenário e criar ações que promovam a sustentabilidade da pesca dentro das realidades regionais.

Segundo o  pesquisador  da Embrapa Pantanal Agostinho Catella, coordenador técnico do Projeto Censo na Bacia do Alto Paraguai,  a falta de informações faz com que a importância econômica da pesca e de sua cadeia produtiva seja subestimada: “Nossa expectativa é não só fornecer subsídios para avaliar o fluxo da pesca, mas também apontar caminhos para melhorar a oferta do pescado e as condições de vida de quem atua no segmento”, ressalta. A partir dessas informações, pretende-se traçar um retrato mais fiel da pesca na BAP e no Brasil.

A coleta sistemática de informações é uma etapa indispensável para subsidiar o processo de tomada de decisões políticas por parte do governo e do setor produtivo e, dessa forma, deve ser considerada como atividade prioritária. Após esta fase, os dados serão reunidos para analise e levantamento do perfil pesqueiro nas diferentes regiões brasileiras, além de servir para o planejamento de um sistema de monitoramento da pesca e avaliação de possíveis impactos decorrentes da interferência da atividade antrópica no meio ambiente.

Os questionários contêm perguntas relacionadas aos seguintes temas:

– Locais de desembarque: quantidade, localização, infra-estrutura da comunidade, infra-estrutura de apoio à pesca, formas de associativismo, hábitos de pesca;

– Embarcações de pesca: tipos, quantidade por tipo, características, pescarias que desenvolvem;

– Pescadores: número, idade média, tempo de pesca, registro na entidade de classe, registro no órgão governamental;

– Artes ou aparelhos de pesca: tipos, quantidade por tipo, características principais, espécies capturadas;

– Espécies: nome comum, arte de pesca utilizada na captura, áreas de captura, período de safra, destino da produção;

– Desembarques: quantidade por espécie, por aparelho de pesca, por embarcação, por área de pesca, por local, valor.  As informações são da Embrapa Pantanal.

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