Caso Glauco: dono de carro diz ter sido sequestrado por suspeito

Cássio Paulete, advogado do proprietário do carro encontrado pela Polícia Civil de Osasco (SP), negou neste domingo que o veículo tenha sido usado na fuga do suspeito de assassinar o cartunista Glauco Villas Boas, e do filho Raoni. Segundo ele, seu cliente, o estudante Felipe de Oliveira Iasi, 23 anos, se apresentou à polícia por […]

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Cássio Paulete, advogado do proprietário do carro encontrado pela Polícia Civil de Osasco (SP), negou neste domingo que o veículo tenha sido usado na fuga do suspeito de assassinar o cartunista Glauco Villas Boas, e do filho Raoni. Segundo ele, seu cliente, o estudante Felipe de Oliveira Iasi, 23 anos, se apresentou à polícia por volta das 17h deste domingo e vai dizer em depoimento que foi sequestrado por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24 anos, este apontado como autor dos dois assassinatos.

Glauco e seu filho foram mortos no início da madrugada de sexta na porta de casa, com quatro tiros cada um. O enterro de ambos ocorreu na manhã de sábado, no cemitério Gethsêmani Anhanguera, em São Paulo. O suspeito de cometer o crime ainda está foragido e é procurado por investigadores.

De acordo com advogado, Felipe recebeu um telefonema do suspeito para um programa normal. “Depois que entrou no carro, Cadu (como é conhecido Carlos Eduardo) apontou uma arma para Felipe e o obrigou ele a levá-lo até a residência de Glauco”, disse.

Segundo Paulete, Felipe lhe disse que, chegando lá, a enteada de Glauco foi rendida e Cadu a obrigou a chamar a mulher do cartunista também. “Ele falava coisas desconexas, dizendo que era Jesus”, disse o advogado.

O defensor de Felipe disse que todos foram mantidos sob a mira da arma de Cadu e que Glauco tentava acalmá-lo, dizendo que iria com ele para a casa de sua mãe. Raoni chegou e a discussão foi reavivada. “Nesse momento Felipe viu a oportunidade de fugir, correu, entrou no carro e foi embora”, disse Paulete.

De acordo com o advogado, Felipe não sabe como Carlos Eduardo deixou o local. O proprietário do veículo não era procurado e nem suspeito do crime. O carro que a polícia cogitou ter sido usado na fuga foi entregue pela família de Felipe à polícia na noite do sábado.

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