A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está a um passo de zerar as perdas de 2010. O Ibovespa – principal índice da praça paulista – subiu pelo décimo primeiro pregão seguido, movido pelo bom humor dos investidores nas bolsas internacionais. Além de reagirem aos indicadores econômicos divulgados, os agentes repercutem novos balanços corporativos, com destaque para o setor financeiro europeu.

No Brasil, o Ibovespa entrou no patamar dos 68 mil pontos e fechou cotado em 68.517 pontos, com alta de 1,48%. Praticamente zera as perdas do ano, que tem queda de apenas 0,1%. Em 2009, a Bolsa fechou aos 68.588 pontos. O novo nível do Ibovespa rompeu mais uma barreira e é o maior desde 26 de abril, quando o índice fechou em 68.871 pontos.

Divulgada nesta manhã, a primeira prévia do Ibovespa válida para o período entre setembro e dezembro manteve todas as ações que constam na carteira teórica do índice à vista, além de incluir as units (ativo composto por mais de uma classe de valores mobiliários) do Santander, o que confirmou as expectativas dos operadores. Vale PNA, por sua vez, passaria a ser o papel com maior peso do índice, com 10,804%, superando Petrobras PN, que ficaria na segunda posição, com 9,951%.

A semana reserva ainda a divulgação dos resultados financeiros de importantes empresas componentes do Ibovespa, com destaque para os números da Embraer hoje, após o fechamento dos negócios.

No exterior, agosto começa com um surpreendente apetite pelo risco, com os dados mostrando desaceleração da atividade na China sendo suplantados pelo desempenho vigoroso da manufatura na Europa. Dois índices de atividade industrial chineses referentes a julho divulgados no fim de semana apontaram moderação, sendo que o indicador HSBC ficou abaixo da marca de 50, que indica expansão. Porém, a melhora da atividade manufatureira europeia, que subiu para o melhor nível em três meses, alivia o sentimento e fortalece a retomada da confiança nos negócios. Para analistas, os bons resultados corporativos são uma ajuda importante nessa fase de dados econômicos duvidosos.