O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Ércio Quaresma, disse que entrará na segunda-feira (2) com o pedido de liberdade do atleta e de mais cinco suspeitos no caso do sumiço e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Ele afirma que vai manter a lista de testemunhas do juízo que inclui nomes da presidente do Flamengo, Patricia Amorim, dos jogadores Vagner Love e Adriano; do diretor do clube Zico e até mesmo de Eliza. O rol de testemunhas é contestado pelo Ministério Público.

Quero saber de Patricia Amorim porque que quando o jornal noticiou as denúncias de Eliza contra o Bruno ela não suspendeu contrato de trabalho dele. Além de outras coisas como quem é o profissional Bruno? Quem é o trabalhador, o ser humano? O juiz não sabe.

Sobre a possível convocação de Adriano para depor, Quaresma diz querer saber se o atleta, que atualmente joga na Itália, ouviu Bruno alguma vez falar sobre Eliza. O advogado nega que tenha intenção de chamar Adriano para atrasar o processo, já que o jogador teria de prestar depoimento por meio de carta precatória. 

Quero que o Adriano diga se conhece [o Bruno], se não conhece. Se o Bruno alguma vez falou com ele sobre essa ‘aproveitadora’ que desapareceu por conta própria para destruir carreira dele.

Quaresma disse que solicitou a liberdade do goleiro quando o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e depois a Justiça concedeu a prisão. Procedimento normal, segundo o defensor. Agora ele vai fazer o pedido de liberdade diretamente ao juiz e diz que vai acrescentar no pedido o depoimento do menor de 17 anos, que disse à Polícia Civil do Rio de Janeiro e de Minas Gerais ter visto Eliza ser morta.

Vou pegar depoimento do menor prestado na frente de um delegado de prerrogativas da Ordem [OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)], da mãe do menor e do advogado dele. O único depoimento válido até hoje em que ele fala que tomou tapa na cara, que tava ‘noiado’ [sob efeito de crack], que recebeu ameaça de tortura [dos policiais].

O advogado diz tem um relatório dos depoimentos dos outros cinco suspeitos do caso que também defende – a ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo, Wemerson de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de Araújo, Elenílson Vítor da Silva e Fernanda Gomes Castro – que também vai entregar ao juiz para pedir a liberdade de todos.