Acusado de matar Glauco ligou duas vezes para o 190 na noite do crime

A Polícia Militar afirmou nesta sexta-feira que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, o Cadu, ligou duas vezes para o número 190 da polícia, do seu celular, à 0h30 do dia 12 de março. Nunes é acusado de ter matado o cartunista e líder religioso Glauco Vilas Boas e Raoni, seu filho, no dia 12, na […]

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A Polícia Militar afirmou nesta sexta-feira que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, o Cadu, ligou duas vezes para o número 190 da polícia, do seu celular, à 0h30 do dia 12 de março. Nunes é acusado de ter matado o cartunista e líder religioso Glauco Vilas Boas e Raoni, seu filho, no dia 12, na chácara da família em Osasco (Grande São Paulo).

Em depoimento à Polícia Federal de Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, Cadu disse que pretendia se entregar quando ligou para a polícia, mas não recebeu atenção dos atendentes do 190, segundo informações do “Jornal Nacional”. A PM afirmou em nota que o acusado, nas duas ligações, “narrava coisas desconexas e sem sentido”. Como ele não disse o endereço onde estava, a atendente pediu para que ele procurasse um Distrito Policial.

Nunes prestou depoimento para a PF de Foz do Iguaçu (PR) nesta sexta-feira por conta do tiro que deu em um policial quando tentava fugir para o Paraguai e foi abordado na ponte da Amizade, no último domingo.

Nesta sexta-feira a polícia também autorizou a quebra de sigilo telefônico de Nunes. Segundo a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça), também foi autorizada a quebra do sigilo telefônico de Felipe Iasi, 23, que dirigia o veículo que levou Cadu ao local, e das duas vítimas.

Celular

A quebra do sigilo foi pedida pela polícia na quinta-feira (18) e tem como objetivo identificar para quem foram efetuadas as chamadas dos telefones e de quem foram recebidas.

Segundo o diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Marcos Carneiro Lima, o deslocamento do acusado na noite do crime foi descoberto pela polícia graças ao registro do sinal do celular. Carneiro Lima informou que, após sair da casa de Glauco, Cadu se deslocou muito rápido, cerca de oito quilômetros em nove minutos, o que seria impossível a pé, e que dificilmente conseguiria um taxi ou abordar uma pessoa naquele momento.

O sinal mostra que ele ainda permaneceu 40 horas em Osasco, e depois voltou duas vezes para a região do local do crime, o que coincide com o telefonema que Bia [viúva de Glauco] recebeu no sábado. No mesmo dia, ele foi para Cotia e para o Morumbi, onde roubou o veículo que usou para fugir para o Paraguai.

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