Com obra parada no Morenão, torcedores fazem manifestação em Campo Grande
Obra começou em 2022 e não tem previsão de término
Thatiana Melo, Lívia Bezerra –
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Com a obra parada no Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, em Campo Grande desde 2022, torcedores Operário fizeram uma manifestação questionando para onde foi o dinheiro da reforma do estádio. A Fundação recebeu R$ 9,4 milhões de investimento do Governo Federal para execução das obras no Morenão.
“Não tem condições de jogo, o Operário sofre muito hoje jogando no estádio da moreninha com o desgaste do campo e da localização. Aqui – Morenão- é um estádio central e com todo conforto que o torcedor merece”, disse o vendedor de 42 anos, Cristiano Cristaldo.
Outro torcedor indignado com a situação é o professor de geografia, André Monteiro, “Não é justo que Campo Grande, com potencial que tem para tudo, esteja nessa situação em relação ao futebol profissional. Vemos isso aqui também como uma resistência cultural de identidade. Quem é que tem mais de 80 anos como instituição aqui na cidade? No fundo, nós não gostaríamos de estar aqui”, falou o professor.
Ainda segundo André, “isso aqui é uma demonstração de amor pela nossa cidade, queremos o básico, o que já temos, um estádio limpo e adequado.” Em janeiro deste ano, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) informou que a fase 2 das obras já haviam sido concluídas.
Foi em 2018 que o Operário conquistou o título de campeão estadual e também o último jogo de títulos ocorrido no Morenão. “Operário está lá como representante nosso de Mato Grosso do Sul, então ele merece respeito, pelo menos para os torcedores virem assistir com dignidade, não ter que se deslocar tão longe em um campo que não está bom. Pensamos tanto na gente como no torcedor quanto nos jogadores, porque eles têm que ter um respeito. É isso que exigimos, respeito a eles que vestem nossa camisa, brigam pela gente”, disse Ludmar Cristaldo, 30 anos.
Atraso nas obras
As obras de revitalização fazem parte do pacote de R$ 120 milhões do Governo de MS ao esporte do Estado, divulgado em outubro de 2021 – após aniversário de 40 anos de funcionamento. O investimento total pelo Governo do Estado é de R$ 9,4 milhões.
Alguns meses após o anúncio, a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de MS) alegou que o dinheiro já estava com a UFMS no final de 2021. Entretanto, a ‘Federal’ dizia que a Fapec ainda fazia as licitações.
Após um bate e rebate sobre atrasos entre a Fundesporte e a Universidade, as obras do Morenão começaram apenas em junho de 2022. O processo de revitalização se divide em três etapas: estrutura e banheiros; parte elétrica; e acessibilidade e pânico.
Morenão apagado
Há cerca de um ano, o Jornal Midiamax questionou a Fapec sobre o andamento e o prazo para conclusão era em até 4 meses, ou seja, em junho de 2023. O que não ocorreu. Se o Morenão estivesse pronto, receberia um dos eventos esportivos mais ‘estelares’ dos últimos anos. Porém, suas luzes continuaram apagadas.
O fatídico “Jogo dos Amigos do Éder Militão” poderia ser histórico para MS e para o próprio estádio, que já teve até visita de ovnis. Conforme o Corpo de Bombeiros, uma visita técnica ao estádio confirmou a viabilidade da realização do jogo beneficente.
Entretanto, os organizadores precisariam correr contra o tempo para providenciar a documentação e manutenção. Parte do problema, os vestiários ainda estavam em obras naquela época.
Sem Morenão, times de Campo Grande que disputam o Campeonato Estadual dividem o Estádio das Moreninhas novamente. Neste ano, Operário, Portuguesa e Náutico têm mando de campo no Jacques da Luz. O Novo, que também é da Capital, ‘largou mão’ e fechou com o Estádio Municipal Sotéro Zárate, em Sidrolândia.
Além do Estadual, competições nacionais como Copa do Brasil e Brasileirão Série D também estão previstas para Mato Grosso do Sul em 2024.
(Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)
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