Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, fez uma final histórica no Ciclismo BMX freestyle nas Olimpíadas de Paris, mas terminou em sexto e ficou fora do pódio nesta quarta-feira (31). Foi a estreia do Brasil na modalidade, que entrou no circuito olímpico nos Jogos de Tóquio.

Bala Loka fez 90.2 em sua primeira corrida. O brasileiro acertou todas as suas manobras na pista durante a apresentação de um minuto, com diversos giratórios aéreas e 360º no ar. Foi o segundo a entrar na pista e deu show, melhorando as notas que tirou nas duas corridas no classificatório.

Porém, ele não conseguiu melhorar a nota na segunda tentativa e ficou fora do pódio, terminando em sexto. Diferentemente do classificatório, que somava as duas notas, a pontuação da final considerava a melhor corrida — uma queda, portanto, não significava eliminação direta. Bala Loka estava em quarto após sua apresentação, e depois foi ultrapassado por mais dois atletas.

O ouro ficou com o argentino Gil Jose Torres, com 94.82, que teve a primeira conquista sul-americana em Paris. A prata foi do britânico Kieran Reilly (93.91), enquanto o francês e favorito Anthony Jeanjean (93.76) ganhou o bronze.

O brasileiro de 21 anos fez a sua estreia olímpica e conquistou o melhor resultado da história do ciclismo brasileiro — até então, era o 7º lugar de Flávia Oliveira no Ciclismo estrada na Rio-2016. Ele é o 8º do ranking, ficou no top 10 no último Mundial da modalidade e conquistou o bronze no Pan-Americano de Santiago. Se classificou com média de 85.79 pontos em suas duas voltas, terminando em oitavo das nove vagas na final.

O Ciclismo BMX freestyle entrou nos Jogos na última edição, em Tóquio-2020, mas não teve nenhum brasileiro na disputa. O campeão foi o australiano Logan Martin, que ficou fora do pódio em Paris.