As semifinais da Copa Libertadores acontecem só em setembro, mas as movimentações em torno dos duelos já movimentam o noticiário esportivo no Brasil, em sites como www.jornalesportes.com. Para além da participação de três clubes nacionais, dos quatro que chegaram à fase decisiva, há também uma discussão sobre a presença de público nos estádios.

Nesta terça-feira, em entrevista à rádio Itatiaia, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, comentou sobre a possibilidade de público no duelo entre Atlético Mineiro e . “É muito provável que tenhamos boas notícias, sim, para a próxima partida da Libertadores para o Atlético. E, por que não dizer, para as demais partidas do e talvez do América, se resolver ter público”, disse.

As  autoridades sanitárias, políticas e futebolísticas discutem a possibilidade de repetir o que foi feito já nas quartas de final, quando o estádio do Mineirão recebeu uma capacidade reduzida de torcedores para acompanhar a vitória do Galo diante do River Plate, com show de Hulk e companhia.

Mas, nos últimos dias, a prefeitura de Belo Horizonte proibiu a presença de público nos estádios. O atual prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, ex-presidente do Galo, criticou o modo como o clube geriu o espaço, sem respeitar o distanciamento social e a utilização das máscaras, algo perceptível em imagens feitas ao longo do jogo contra os argentinos. 

“As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que nós decidimos que o futebol merecia uma chance, nós chamamos o clube para colocar os protocolos, que infelizmente, deu no que deu. Não vamos aqui voltar, porque todo mundo assistiu, o Brasil todo assistiu, foi matéria nacional, foi colocado como um verdadeiro escândalo nacional”, disse o prefeito.

O Atlético-MG emitiu nota oficial contestando a proibição da Prefeitura de Belo Horizonte sobre a presença de públicos em jogos na capital e declarações do prefeito Alexandre Kalil. A nota questiona o motivo de o futebol ser tratado “diferentemente” de outras atividades e afirma que jogos, com 30% da capacidade e torcida testada, não representam “risco maior do que feiras, shoppings, transporte público e outros”.

O clube mineiro respondeu sobre as declarações do prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, em relação à capacidade de 30% permitida, não ter sido cumprida na partida contra o River Plate.

“O Atlético afirma que o público total foi de 17.030 pessoas, abaixo, portanto, dos 30% permitidos. Além dos torcedores, estavam presentes cerca de mil pessoas que trabalharam no jogo, entre as equipes do Galo e do Mineirão. Os números estão abertos a eventuais auditorias, para que não reste dúvida quanto à lisura nos procedimentos de Clube e Mineirão”, dizia a nota. 

Agora, a prefeitura pretende cruzar dados dos torcedores que foram ao Mineirão para saber se alguém está infectado com a Covid-19. A ideia é que um protocolo a ser adotado seja definido nos próximos dias.

“Nós não podemos nos esquecer que a aglomeração é o fator de risco. Então, precisamos fazer esse cruzamento dos dados. Mas este é um cruzamento que um computador faz de modo muito fácil. Cruzar 18 mil participantes de um jogo com aqueles que estão doentes pelo número do CPF, o computador faz em questão de horas. Não vamos precisar de dez, 15 dias para fazer essa análise”, disse o secretário.

O Palmeiras já se manifestou e disse que a presença de público no Allianz Parque vai depender do que disser o governo paulista. Eventos desse tipo com a presença de público devem acontecer somente a partir de 1º de novembro.