Atolados em dividas volumosas, muitos deles não conseguem dar atenção especial às categorias de base
Os sete gols em série que eliminaram a Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 2014 expuseram ainda mais a realidade dos grandes clubes de futebol do País. Atolados em dividas volumosas, muitos deles não conseguem dar atenção especial às categorias de base, sofrem para construir um centro de treinamento e parecem cada vez mais distantes do sonho de um estádio próprio. “É um malabarismo constante para que possamos nos manter viáveis”, disse o presidente do Grêmio , Romildo Bolzan.
Ele lida com uma dívida aproximada de R$ 250 milhões e resiste o quanto pode para não desmanchar ainda mais o time, que é o vice-lider do Campeonato Brasileiro . No inicio do ano, o clube tricolor gaúcho vendeu Marcelo Moreno, Barcos e parte dos direitos econômicos do jovem zagueiro Gabriel Silva. “Nada mudou para os clubes nos últimos 12 meses. No Grêmio , nossa expectativa é que somente em 2017 estaremos com a situação estabilizada.”
O dirigente torce para que a MP do Futebol seja aprovada definitivamente a fim de “oxigenar” seu clube. “Nós precisamos do parcelamento para apostar na recuperação.”
Líder no ranking dos clubes devedores – a quantia é superior a R$ 800 milhões -, o Botafogo corre atrás de certidões negativas para tentar se manter de pé. Mesmo com investimentos limitados, tem se destacado na Série B do Brasileiro e demonstra fôlego para voltar ano que vem à Série A. Mas o caminho do clube alvinegro é espinhoso, principalmente fora de campo.
Entre outros problemas, o atual presidente, Carlos Eduardo Pereira, começou o ano com a ameaça de exclusão do Botafogo da Timemania, com receitas bloqueadas e outras, futuras, já retidas. “Além disso, com o time na segunda divisão. Com esse montante de dívida, que duplicou em três anos, a credibilidade do clube fica no chão e nenhuma instituição lhe dá crédito”, comentou.