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Corinthians recua e aceita liberar Itaquerão de graça para a Olimpíada

A única condição é que não será colocado nenhum centavo nas reformas previstas para adequação da arena 

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A única condição é que não será colocado nenhum centavo nas reformas previstas para adequação da arena 

O Corinthians recuou nas exigências financeiras que havia feito na semana passada e se comprometeu a ceder gratuitamente o Itaquerão para a Olimpíada de 2016. A única condição feita pelo clube é que não será colocado nenhum centavo nas reformas previstas para adequação da arena para os Jogos Olímpicos. A obra tem custo inicialmente estimado de R$ 30 milhões.

Em nota oficial apresentada em 16 de março, o Corinthians enfatizava que só aceitaria emprestar o estádio mediante o recebimento de R$ 420 milhões em forma de títulos públicos, conforme acordado com o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na época da construção do estádio em Itaquera.

No entanto, Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, se mostrou irredutível à cobrança do Corinthians. Ele afirmou que já havia emitido os CIDs (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento). Haddad destacou que o entrave era “culpa” do Ministério Público, que entrou com ação judicial contestando o repasse de títulos públicos ao clube.

Superintendente de futebol do Corinthians e deputado federal pelo PT, Andrés Sanchez foi quem deu a palavra de que o clube não irá complicar a realização dos Jogos Olímpicos em São Paulo. Assim, nesta segunda-feira, organizadores do evento e autoridades ligadas à prefeitura de São Paulo se reuniram para levantar os custos do projeto.

“Mais uma vez atendemos a um pedido da cidade de São Paulo”, disse Andrés ao UOL Esporte. Até o momento, o Corinthians não tem conhecimento sobre quais serão, de fato, as obras necessárias no estádio. 

Em contato com a reportagem, o secretário de Esporte e Lazer de São Paulo, Celso Jatene, declarou nesta segunda-feira que houve evolução para colocar o Itaquerão no mapa olímpico. A expectativa é que patrocinadores privados banquem as estruturas temporárias na arena. 

“A questão que envolvia o Corinthians já foi definida com o Andrés [Sanchez]. Agora falta a apresentação da planta do projeto com a conclusão da estrutura hidráulica e elétrica para o evento. A partir da aceitação do projeto, os valores serão apresentados a patrocinadores. Esse trabalho com patrocinadores será feito em quatro mãos, com a organização do Rio-2016 e prefeitura”.

Reformas para os Jogos

Para se adequar aos Jogos Olímpicos, o Itaquerão não precisará de grandes mudanças. Na Copa do Mundo, foi instalada de arquibancada móvel com novos 20 mil assentos ao custo de R$ 90 milhões.

Para 2016, os valores são mais modestos. Como forma de economia, está sendo estudado para a Olimpíada isolar a área atrás de um dos gols do Itaquerão, pois o setor não tem cadeiras. A capacidade seria então reduzida de 48 mil para 41 mil. O isolamento do setor sairia mais em conta do que promover serviços de colocação e retiradas das 7 mil cadeiras.

Os R$ 30 milhões inicialmente previstos seriam utilizados para construção de estruturas móveis para transmissão dos jogos, entre outros serviços. A Prefeitura e a organização da Olimpíada estudam propostas para reduzir os custos.

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