Sindicato cita ‘cenário caótico’ e escalas com um policial para pedir concurso para investigador em MS

Último concurso para policial aconteceu em 2017 e déficit é de mil servidores, segundo o Sinpol

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Imagem ilustrativa. (Foto: Henrique Arakaki/ Jornal Midiamax)

O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) protocolou um ofício onde solicita abertura de concurso público para cargo de Investigador de Polícia Judiciária, da Polícia Civil.

Isso porque, segundo o Sinpol, a corporação enfrenta um “cenário caótico”. “[…] escalas de plantão de investigadores da maioria das delegacias no interior é de apenas um policial para atendimento das ocorrências, guarda e vigilância e isso vai de encontro com ser responsáveis pela custódia de presos”, relata nota do sindicato.

“O excesso e acúmulo de função gera um desgaste emocional e físico”, garante o Sinpol. O último concurso aberto foi em 2017 com 80 vagas, sendo ampliada para 95. “Não foi o suficiente para compor o quadro, pois o número de profissionais que se desligaram superou os que ingressaram em 2021 na profissão”, diz o texto.

Preocupação

O Sinpol cita o ocorrido em Camucim, no Ceará, onde um policial civil matou quatro colegas de trabalho – o autor havia sido afastado por um período por problemas psicológicos.

“O Sinpol, é responsável por defender os interesses, integridade e saúde dos Policiais Civis, usufruindo deste poder, encaminhou um ofício ao Governador Eduardo Riedel, onde solicita um novo certame para compor o quadro de Investigadores de Polícia Judiciária”, explica.

O sindicato calcula um déficit de mil policiais para exercer a função, no cargo que tem maior contingência da Polícia Civil. É de responsabilidade do investigador executar além de investigações, cumprir mandados, efetuar prisões, proceder o registro de ocorrências e as suas diligências necessárias, coletar provas, conduzir as viaturas policiais, levantar local de crime, além de recolhimento, movimentação e escolta de presos.