Concorrência diminui entre os candidatos 

O concurso do TRT (Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região) teve 35% de abstenções na primeira fase da prova neste domingo (26), divulgou o Tribunal nesta segunda-feira (27). Ou seja, mais de 11 mil entre os 32.517 inscritos não foram realizar a prova, diminuindo a concorrência.

Com salários de R$ 6,1 a R$ 10,1 mil e todas as vagas em sistema de cadastro de reserva,  o concurso realizado pela Fundação Carlos Chagas teve até esquema de investigação da Polícia Federal, que prendeu três pessoas em Campo Grande. Uma quarta pessoa que estava participando do esquema não compareceu no dia da prova. Segundo a investigação da PF, a fraude, se concretizada, iria custar aos candidatos mais de R$ 50 mil.

O gabarito das provas será divulgado nesta segunda-feira no site da Fundação, a partir das 17h. O resultado das provas objetivas e discursivas será divulgado no dia 25 de julho e os resultados finais em agosto deste ano.

O TRT afirmou que o concurso segue válido, já que a fraude foi descoberta antes da aplicação das provas, e que não vai se manifestar oficialmente sobre o caso, que está sob os cuidados da Polícia Federal.

Prisões

Os três homens presos, que estavam concorrendo a uma vaga de técnico, foram presos em três locais na Capital, na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), na Facsul ( Faculdade de Mato Grosso do Sul) e na Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal).

Nos primeiros 30 minutos de prova, um dos candidatos identificado como ‘piloto’, responsável pela troca das provas e o envio das questões para outras pessoas, em Brasília, teria fingido passar mal momento em que foi até o banheiro, mas acabou sendo identificado pelos agentes como integrante do grupo que tentava fraudar o exame.

O ‘piloto’, segundo informações da Polícia Federal, também era responsável por aliciar candidatos a participar do esquema de fraudes. Os outros dois presos afirmaram que já tinham tentado o mesmo esquema em Sergipe, mas que não teriam conseguido receber as respostas das provas.

Um deles teria desembolsado o valor de R$ 6 mil adiantados pelas respostas e com a aprovação deles no concurso teriam de pagar mais R$ 50 mil para a quadrilha que forneceria o gabarito da prova.

O material encontrado no hotel onde os três estavam vai passar por perícia. São computadores e vários dispositivos eletrônicos simulando ser cartões de banco. A Polícia Federal investiga outros possíveis integrantes da quadrilha. Eles vão responder por fraude em concurso e formação de quadrilha.

Ainda de acordo com informações o concurso não deve ser anulado, já que a Polícia Federal conseguiu evitar a fraude nas provas.