Prefeitura admite falta de guarda e fala em concurso, mas servidor prefere ganho salarial

Servidores pedem melhor investimentos antes de anúncio de concurso

O secretário de Saúde de Campo Grande, Jamal Salém, admitiu na manhã deste sábado (27) que a falta de segurança contribuiu para uma mulher ser assaltada dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Almeida, em Campo Grande.

Segundo o secretário, a mulher foi assaltada por falta guardas, que não é problema exclusivo da UPA. “A falta de guarda é geral. Há uma deficiência no efetivo, mas o prefeito já determinou ao novo secretário um concurso para contratação de agentes de segurança. Não é deficiência exclusiva desta, mas de gestões anteriores. Fiquei sabendo agora há pouco do assalto e é por falta de guardas sim”, admitiu.

Apesar da necessidade de contratação, o prefeito Gilmar Olarte (PP) precisará de um bom entendimento para lançar um concurso. O presidente do Sindicato dos Guardas de Campo Grande, Hudson Bonfim, explica que os guardas precisam de investimento na categoria antes de abrir concurso.

Segundo Bonfim, pela Lei 13.022, Campo Grande pode ter 1.600 guardas e hoje tem pouco mais de 1.200. Porém, na avaliação dele, é preciso investir nos servidores antes de anunciar novo concurso.

“Precisa de um Plano de Cargos e Carreira para motivar a permanecer. O pessoal faz concurso, mas vai embora porque não tem garantia de aposentadoria, posse de arma. É um trabalho que estão desenvolvendo com o novo secretário antes de fazer o concurso. O prefeito, com muita sensibilidade, tem observado a lacuna deixada por gestões passadas. Primeiro ele criou a secretaria e vai capacitar para depois abrir concurso. Mas, há sim necessidade de reposição”, concluiu.

Assalto

Nesta sexta-feira (26), por volta das 22 horas, uma servidora uma servidora foi surpreendida no estacionamento da UPA Vila Almeida, quando aguardava o marido dentro do carro. Dois homens armados com revólveres em uma motocicleta aproveitaram a ausência de guardas para fazer o assalto.  

A dupla mandou a mulher ficar quieta, caso contrário eles atirariam. Em seguida, pegaram a bolsa, contendo documentos, cartões bancários e dinheiro, além do aparelho de celular. Em sequência, fugiram do local. O caso foi registrado como roubo majorado pelo concurso de pessoas, pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.