O concurso para a contratação de 20 novos fiscais da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) tem causado dúvidas nos concurseiros de plantão. Isso porque pessoas que querem fazer o concurso alegam que há propagandas em jornais que afirmam que o salário é de R$ 2800, mas quando vão ler o edital se deparam com um salário-base de R$ 529.

Segundo o presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, no edital do concurso está realmente que o salário-base é de R$ 529, porém ele afirma que um decreto de 1992 da prefeitura de Campo Grande estabelece ganhos adicionais com a produtividade aumentando o valor mensal que o fiscal de trânsito ganha.

De acordo com Rudel, em média, os ganhos com a produtividade ficam em média entre R$ 1800 a 2 mil reais. Com isso, o salário passaria para R$ 2529. A carga horária do fiscal de trânsito é de segunda a sexta com 40 horas semanais, além de dois plantões por semana que os fiscais têm de realizar.

“Quando a prefeitura faz o edital não dá para colocar a produtividade porque ela varia, mas há um decreto de 1992 que estabelece a questão da produtividade. Com horas extras, trabalhos no período noturno, plantões, convocações extraordinárias, o salário pode chegar ao que se tem dito em algumas propagandas”, afirma Rudel.

O chefe de serviço da Agetran, Carlos Guarani, também afirma que é possível que o salário do fiscal chegue a mais de 2 mil reais, ainda mais em uma cidade com 750 mil habitantes. Segundo ele, há muito trabalho para os fiscais de trânsito realizarem, já que, atualmente o quadro é de 36 fiscais e com o concurso passará para 56. Segundo Rudel Trindade, o número ideal seria de 80 funcionários.

As inscrições para o concurso da Agetran vão até o dia 16 de março e podem ser feitas apenas pela internet no site Fadems (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Educação de Mato Grosso do Sul, o www.fadems.org.br. A taxa de inscrição custa R$ 50.

Antes, os agentes só atuavam na fiscalização do serviço de estacionamento regulamentado. Com o tempo, eles passaram a atuar também nas entradas de escolas e no controle do tráfego.