À frente de na última sessão do mês, onde os três principais índices flutuaram em torno da estabilidade e fecharam em leve viés positivo, o chegou a retomar os 122 mil pontos no intradia, sem conseguir sustentar a marca no fechamento. Ainda assim, acumulou ganho de 3,27% em julho, após avanço de 9% no mês anterior. Hoje, oscilou dos 120.187,87 aos 122.148,81 pontos, e encerrou a segunda-feira em alta de 1,46%, aos 121.942,98 pontos, com giro a R$ 21,9 bilhões nesta abertura de semana. No ano, o Ibovespa ganha 11,13%.

Na moeda americana, o Ibovespa fechou julho de 2022 a 19.937,90 pontos. Em 2023, em dólar, após ter chegado ao final do primeiro trimestre aos 20.100.65 pontos, o Ibovespa foi a 21.355,22 pontos no fechamento de maio e, no fim de junho, chegou aos 24 654,87 pontos, refletindo não apenas o avanço nominal do índice da B3 no mês, de 9%, mas também a apreciação do real frente ao dólar. Agora, com o dólar em queda de 1,25% ante o real em julho, e ganho pouco acima de 3% para o Ibovespa, o índice da B3, na moeda americana, subiu a 25.783,48 pontos.

Na agenda da semana, além da decisão do Copom sobre a Selic na quarta-feira – com avanço das apostas de que pode vir um corte de meio ponto porcentual já nesta reunião -, destaque para a Câmara, que retoma os trabalhos nesta terça-feira, 1º, após duas semanas de recesso, em meio às negociações para o embarque do no governo e com foco nas prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A agenda econômica que concentrará as atenções dos deputados inclui a análise das mudanças feitas pelo Senado no novo arcabouço fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem.

“O que a gente viu na ata da última reunião do Copom, todos os itens que foram colocados como condicionantes para que se comece a baixar os juros foram atendidos, basicamente, ao longo desse ano. O IPCA-15 veio negativo duas vezes, o que mostra uma inflexão, já, na inflação”, diz Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos, mencionando avanço, ainda que parcial, de reformas no Congresso e também do arcabouço fiscal, o que contribui para maior previsibilidade.

Nesta segunda-feira, o dia foi de retomada bem distribuída pelas ações de maior peso no Ibovespa, com destaque para a forte recuperação em Petrobras (ON +5,26%, PN +4,54%), após a definição na última sexta-feira de alteração na política de dividendos da empresa – no mês, a ON acumulou ganho de 5,17% e a PN, de 5,35%. Vale ON subiu hoje 2,26% e, em julho, acumulou recuperação de 7,69%, ainda cedendo 20,48% no ano.

Na ponta do índice nesta abertura de semana, Carrefour Brasil (+8,29%), Dexco (+6,76%) e BRF (+6,20%). No lado oposto, Hypera (-1,68%), CVC (-1,65%) e Rede D'Or (-1,10%).

Na agenda externa, o bom desempenho das ações de commodities na sessão (IMAT +2,48%) foi inspirado por pequena recuperação do PMI industrial da China em julho, mas ainda em terreno de contração, a 49,3, após leitura a 49,0 no mês anterior – de um mês para o outro, houve avanço na rubrica referente a novas encomendas, o que sinaliza uma melhora, ainda que marginal, na demanda doméstica chinesa, observa em nota a Monte Bravo Investimentos. “As expectativas dos empresários do setor subiram pela primeira vez, após cinco meses de queda, e também indicam mais confiança na economia”, acrescenta a casa.