MS precisa qualificar 137 mil trabalhadores para a indústria; confira áreas com maior demanda

Diretor do Senai destaca que qualificações serão realizadas com tranquilidade, mesmo a mão de obra sendo um problema para a indústria

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Foto: Sistema Fiems

O diretor-regional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Mato Grosso do Sul, Rodolpho Caesar Mangialardo, minimizou a demanda do Observatório Nacional da Indústria, que aponta para a necessidade de qualificar 137,5 mil trabalhadores da indústria até 2025. Otimista, Mangialardo garantiu: “estamos preparados para qualificar não apenas 137 mil, mas 237, 537 mil pessoas, conforme for a necessidade do chão de fábrica da indústria em Mato Grosso do Sul”.

Sem querer desdenhar ou esnobar a demanda para a qualificação, que no Brasil inteiro é de 9,6 milhões até 2025, o número que Mangialardo revelou que o Mato Grosso do Sul pode cumprir é de mais de 5% da demanda nacional e quatro vezes mais o que o Estado vai necessitar. O que ele quis dizer é que o Senai trabalha com estudos indicando as necessidades das empresas, inclusive, apontando tendências da produção e processos de transformação da área do eucalipto, por exemplo, que se fortalece no interior.

Em 2021, no auge da pandemia da Covid, o Senai formou cerca de 20 mil profissionais em cursos pagos e gratuitos, em nível técnico, de iniciação, qualificação, especialização e graduação — tanto em Campo Grande, quanto no interior.

Segundo Mangialardo, o Senai investiu e adquiriu 50 salas de aulas móveis, com capacidade de serem transformadas em laboratórios. “As estruturas viabilizam a qualificação dos profissionais tanto no campo como em áreas urbanas e estão disponíveis para atender empresas, prefeituras e instituições de ensino”, disse.

De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, das 137,5 mil qualificações estimadas, 26,8 mil são de formação inicial, para repor inativos e preencher novas vagas, e 110,6 mil em formação continuada, ou seja, para trabalhadores que devem se atualizar. Isso significa que, nos próximos quatro anos, 80% das formações serão em aperfeiçoamento. As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção específica, mas estão presentes também em outros setores da economia.

O diretor-regional do Senai informou ainda que as áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Metalmecânica, Logística e Transporte, Alimentos e Bebidas, e Construção. As ocupações transversais são aquelas que permitem, ao profissional, atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.

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