A Moody’s reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2021 (5,2% para 4,8%) e 2022 (2,1% para 0,6%), na esteira da contração de 0,1% do PIB do terceiro trimestre. Em relatório, a agência reiterou que tem como nota do País o nível Baa2, com perspectiva estável.

“A nossa projeção revisada para o PIB de 2022 reflete a nossa visão de que o consumo das famílias e do governo vai sustentar o crescimento”, diz a agência. “A alta taxa de vacinação do Brasil em relação a outros países latino-americanos também vai dar suporte à atividade de serviços no próximo ano.”

Entre os fatores da nota de crédito, a Moody’s atribui nota “baa2” à força econômica do País e “baa3” às força de instituições e governança. A pontuação de força fiscal do Brasil é de “b1”, refletindo altos níveis de dívida e uma estrutura rígida de gastos.

“O baixo crescimento econômico e gasto adicional para mitigar o impacto da pandemia resultou em um crescimento significativo da dívida a 88,8% do PIB em 2020, de 74,3% em 2019. Esperamos que a dívida se estabilize em torno de 85% em 2023”, informa a agência, que prevê déficit fiscal de 6% do PIB neste ano e em 2022.

A nota de suscetibilidade a risco de evento do País é “baa”, refletindo, segundo a Moody’s, um risco moderado de instituições financeiras (“ba2”) e um risco político (“baa”) de que desenvolvimentos possam prejudicar a aprovação de reformas fiscais. O risco externo do País é definido como “aa”, e o de liquidez do governo é de “a”.