Os dois casos da doença vaca louca, identificados em rebanho de Minas Gerais, levam preocupação ao país por possibilidades de suspensão de abates e exportação de carne para outros países. Em Mato Grosso do Sul, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comentou sobre o caso e possíveis impactos.
De acordo com a ministra, os dois casos de Minas Gerais já foram confirmados por laboratórios do Canadá. Segundo ela, os registros são considerados normais, isolados e estão controlados. “Não deve haver impactos no Mercado, mas o ministério e o Governo monitoram a situação, que é isolada”, disse Tereza.
Menos abates
Segundo a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), a produção já ficará reduzida na sexta-feira (3), com previsão de volta somente na quarta-feira (8).
“Há apenas uma diminuição na aquisição de boiadas, o que já vinha ocorrendo há tempos por causa do alto preço do boi e por problemas na emissão de certificados de exportação por parte dos fiscais do Mapa. Com o preço alto, os frigoríficos não está conseguindo repassar seus custos ao consumidor e o setor está com muita capacidade ociosa”, disse em nota
Porém, a instituição explica que a redução no abate não é só por conta da suspeita. “A notícia da vaca louca apenas colocou o mercado em maior expectativa diante da possibilidade de alguns países como a China restringirem as suas importações. Os frigoríficos estão apenas aguardando o desfecho da situação, o que vai ocorrer quando o Ministério divulgar o resultado dos exames. Neste momento eles tinham de diminuir o abate de qualquer maneira por causa do feriado de 7 de setembro. Na quarta-feira voltam ao mercado”, finaliza a Abrafrigo.
Mato Grosso do Sul
O secretário de meio ambiente, desenvolvimento econômico, produção e agricultura familiar de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, comentou nesta sexta (3) sobre caso suspeito de vaca louca em Minas Gerais.
“Não cabe a Mato Grosso do Sul tomar medida, quem tomou é o Ministério da Agricultura”, disse, explicando que o caso ainda está em investigação e pode ser um caso atípico, quando não ocorre a contaminação.
O secretário criticou o fato dos frigoríficos de todo o país reduzirem os abates até a próxima quarta-feira. “Tomaram medida antecipada”. A decisão foi tomada pelos próprios frigoríficos, conforme a associação. A entidade espera que até lá o resultado do exame que vai confirmar ou não o caso de vaca louca já tenha sido divulgado pelo Ministério da Agricultura.