O secretário de meio ambiente, desenvolvimento econômico, produção e familiar de , Jaime Verruck, comentou sobre caso suspeito de vaca louca em Minas Gerais, que faz divisa com MS. O possível caso ocorreu em um frigorífico de Belo Horizonte.

“Não cabe a Mato Grosso do Sul tomar medida, quem tomou é o Ministério da Agricultura”, disse, explicando que o caso ainda está em investigação e pode ser um caso atípico, quando não ocorre a contaminação.

O secretário criticou o fato dos frigoríficos de todo o país reduzirem os abates até a próxima quarta-feira. “Tomaram medida antecipada”. A decisão foi tomada pelos próprios frigoríficos, conforme a associação. A entidade espera que até lá o resultado do exame que vai confirmar ou não o caso de vaca louca já tenha sido divulgado pelo Ministério da Agricultura.

Em comunicado oficial, o Ministério da Agricultura informou: “Casos em investigação são corriqueiros dentro dos procedimentos de vigilância estabelecidos e medidas preventivas são adotadas imediatamente para garantir o controle sanitário”.

Uma vez concluído o processo de análise, acrescentou o ministério, os resultados serão informados.

Vaca louca

Vaca Louca é o nome popular da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A doença afeta o cérebro do animal, provocando descontrole motor. As células morrem, e o cérebro fica com aparência de esponja. A manifestação pode ocorrer também em humanos e em ovinos.

Em ovinos, a doença chama-se “scrapie”. Em humanos, chama-se doença de Creutzfeldt-Jakob. Não existe tratamento conhecido. Em ovinos e bovinos, os principais sintomas são agressividade e falta de coordenação. Em humanos há mioclonia (contração muscular) e demência. A contaminação pode ocorrer pela ingestão de carne de animais contaminados.

O primeiro caso da doença foi identificado em 1986 no Reino Unido. Em 1995, um inglês de 19 anos foi a primeira vítima da doença de Creutzfeldt-Jakob cuja origem foi atribuída à ingestão de carne contaminada.