As compras na internet tiveram um “boom” de 98% no Centro-Oeste no fim do ano passado e acompanhando esse crescimento, o e-commerce, também cresceu. A comodidade de comprar em lojas virtuais se tornou uma tendência no país e em , as compras regulares na saltou de 22% para 55% durante a pandemia, acompanhadas das estratégias de vendas nas redes sociais.

Com o ramo do e-commerce crescendo, a microempresária, Izabella Irala, de 23 anos, decidi dar o pontapé inicial de um sonho: ter o próprio negócio. Há três meses a jovem criou a loja ‘Closet Body‘ no e desde então, ela se empenha para garantir o empreendimento.

“Pesquisei meu público com idades entre 15 e 35 anos e fui às compras. Claro, no começo tem uns erros e acertos, estou em busca da compra perfeita, vou lançar uma coleção nova agora e estou estudando muito” disse Iza. A empreendedora comenta que o maior desafio da loja é a prospecção de clientes, pois devido ao grande número de lojas e estabelecimentos migrando para o e-commerce, a concorrência é bastante alta.

 

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“Requer bastante criatividade. Com meus clientes uso a estratégia mais simples, óbvia e sem custo, que é de ter aquele retorno humano, de como se fossemos conhecidos. Claro, nunca excedendo o limite do meu cliente”, comentou a microempresária.

Um dos principais objetivos e sonhos da jovem é ter uma loja física e enquanto isso, o trabalho no dia a dia molda o objetivo. ” Exige muito aquele querer, aquela vontade, aquela garra, porque não é fácil. Você tem que ser tudo do seu próprio negócio, mas é gratificante. A cada dia tenho ideias e vou tentando colocar em prática”, pontuou Izabella.

A pandemia trouxe bons frutos, de certo modo, para a jovem empreendedora. Ela revendeu máscaras às moradoras e em duas semanas o estoque dos seus produtos se esgotaram. E das peças disponíveis, ela vendeu 60% do estoque em algumas semanas de inauguração.

Principal fonte de renda

A busca pela renda extra acabou se tornando a principal fonte de renda de Eliane Machado, que movimenta hoje o seu próprio e-commerce de semi joias em .

“Surgiu de uma necessidade de mais do que contribui para a renda da família, surgiu como uma maneira de fazer algo útil, trabalhar, fazer algo que eu pudesse fazer o meu horário. Na época minha filha tinha 2 anos e eu queria algo que eu pudesse conciliar. E na época me surgiu a ideia de trabalhar com semi joias”, disse a microempresária à reportagem.

Após sete anos no mercado do e-commerce, Eliane conseguiu uma estabilidade no ramo, mas sentiu os impactos da pandemia em 2020. Com os clientes tendo mais cautela diante do contato com as pessoas ao redor, ela conta que precisou priorizar também a filha.

“Senti uma retraída nas vendas, porém, o que mais causou impacto por aqui foi a questão pessoal. Sempre fiz tudo sozinha para a loja funcionar. Com o fechamento das escolas por conta da pandemia o tempo para mim ficou mais apertado. Tive que me dedicar a casa e filhos, acabei deixando de lado a loja”, comentou.

Com um novo ano que se inicia, a empreendedora visa dar segmento do negócio e continuar conquistando os clientes. A loja virtual está disponível no Instagram como ‘Eliane Machado Semi Joias'.

Redes sociais como estratégia

Conforme os dados do Sebrae-MS, 79% dos empresários precisaram alterar as formas de comercialização com os clientes durante a pandemia. Deste total, 29% intensificaram o uso das plataformas online de comercialização, 39% migraram para as vendas através das redes sociais e 11% precisaram optar pelo atendimento a domicílio.

Em pesquisa de mercado feita pelo Sebrae, 58% dos empreendedores disseram que tiveram resultado positivo com as vendas no e-commerce, 36% afirmaram que tiveram certa dificuldade na implementação das estratégias, no entanto, 86% dos empresários afirmaram que vão manter as estratégias na pós-pandemia.

“Pode-se dizer com isso, que de fato, essas estratégias estão amenizando os impactos negativos advindos do Covid-19 sobre o comércio e que se demonstraram como potencialidades para o futuro”, diz trecho da pesquisa do Sebrae.

E-commerce deve crescer 26% em 2021

As vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, atingindo um faturamento de R$ 110 bilhões, mantendo a força do setor e indicando uma consolidação das lojas e dos marketplaces, segundo expectativa da Ebit | Nielsen, maior plataforma de opinião de consumidores do Brasil.

Segundo a análise, o desempenho do e-commerce no ano que vem será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, consolidação de e-commerces locais, fortalecimento dos marketplaces e maturidade logística do setor para agilizar a entrega em busca de eficiência operacional.

A pesquisa, realizada no quarto trimestre com consumidores que compraram online, indicou que 95% dos respondentes pretendem continuar comprando. No entanto, o resultado de 2021 será limitado pela retomada mais gradual da economia, expectativa de aumento da taxa básica de juros e inflação mais alta, ficando abaixo do previsto para este ano, de crescimento de 38% sobre 2019.